Não julgueis e não sereis julgados!
21 de junho de 2021Vós os conhecereis pelos seus frutos
23 de junho de 2021Terça-feira, 22/06:
12ª SEMANA DO TEMPO COMUM
Mt 7,6.12-14
Leitura:
Procure ler o texto lentamente, atento a cada palavra e expressão. Guarde o
trecho que mais lhe chamar a atenção.
O Evangelho de Mateus é o Evangelho que melhor apresenta os discursos de
Jesus, como formas pelas quais Jesus ensinava aos seus discípulos o que significava
ser discípulo, o que era o Reino de Deus e por que desejá-lo. Neste trecho de uma
dos primeiros discursos de Jesus em Mateus, escutamos a regra áurea da convivência
entre as pessoas, segundo o modelo ensinado por Jesus: o que desejais que os
outros vos façam, fazei também vós a eles. Além disso, Jesus também ensina sobre o
caminho que leva à vida. É uma porta estreita.
Meditação:
O que o texto diz para mim, hoje, a partir da situação pela qual tenho passado
(minhas alegrias, tristezas, desafios, conquistas)?
É difícil o caminho que leva à vida, portanto, os discípulos de Jesus não devem
se preocupar com o que é desnecessário. É esse o sentido da primeira frase do
Evangelho de hoje, que pode parecer tão enigmático. Não se trata de preocupar-se
em avaliar se nosso anúncio tem gerado frutos nos corações das pessoas, mas trata-
se de não gastar energia nas situações que não podemos mudar. O Evangelho deve
ser anunciado a todos, mas as adversidades não devem impactar o discípulo a ponto
de desanimá-lo, de destruir as pérolas da sua boa-vontade. O caminho para a vida é
como uma porta estreita – é difícil passar por ela, mas ainda assim é uma passagem
que existe. Com esperança e boa-vontade o discípulo deve caminhar, lançando as
sementes do anúncio e fazendo aos outros o que ele gostaria de receber. A partir
deste Evangelho, é importante pensar como têm sido nossas ações, se elas atendem
ao critério de Jesus. Também é importante pensar no que tem desgastado a nossa fé
e o nosso trabalho em favor do Reino de Deus: são situações que de fato merecem
nosso desgaste, ou posso fazer com que elas me desgastem menos, para que assim
eu seja um discípulo mais disposto e mais em paz?
Oração:
A partir da Palavra meditada, apresente ao Senhor a gratidão de seu coração e
também seus pedidos.
Senhor, sei que o caminho que construís entre minha humanidade e vossa
divindade é real. Sei também das dificuldades que ele comporta, porque é caminho
que conduz a uma outra realidade, a realidade do céu, que não é como as realidades
do mundo que habitamos. Também sei que se eu começar a fazer aos outros o que eu
gostaria que eles fizessem a mim, as realidades do mundo ao meu redor podem até se
tornar um pouco mais semelhantes ao céu e é por isso que venho pedir o
discernimento para agir assim, segundo a vossa Lei Áurea do amor e da boa
convivência. Dê-me, Senhor, força e coragem para entender como agir em cada
situação e, assim, levar adiante o anúncio do vosso Evangelho com alegria e paz.
Amém.
Contemplação:
A palavra meditada precisa também tornar-se ação. Como viver o que
meditamos em nossa vida? Pense em ações concretas que possam surgir da
meditação do dia de hoje.
Será importante, a partir da meditação de hoje, levar em conta quais são as
situações do meu dia-a-dia que têm exigido meus esforços e desgastado meu
coração. Posso pensar em alternativas para que minha vida se torne mais leve e eu
possa exercer com mais empenho a missão do anúncio do Evangelho?
Mariana Aparecida Venâncio (Juiz de Fora – MG)
Leiga, Teóloga, especialista em Sagrada Escritura, mestra em Literatura Brasileira e
doutoranda em Estudos Literários (UFJF).