Quarta-feira, 23/06:

12ª SEMANA DO TEMPO COMUM

Mt 7,15-20

Leitura:

Procure ler o texto lentamente, atento a cada palavra e expressão. Guarde o trecho que mais lhe chamar a atenção.

O trecho do Evangelho de Mateus que escutamos hoje é a continuação do trecho que meditamos ontem. Jesus adverte seus discípulos a não se deixarem levar pelos falsos profetas e, sabendo que os falsos profetas se fazem passar por verdadeiros, ajuda os discípulos a reconhecerem em quem se deve confiar pelos frutos que suas palavras produzem. De fato, uma boa árvore só pode produzir bons frutos.

Meditação:

O que o texto diz para mim, hoje, a partir da situação pela qual tenho passado (minhas alegrias, tristezas, desafios, conquistas)?

As lógicas do Reino de Deus e do anúncio do Evangelho são simples, embora não fáceis de se viver. Anunciar o Evangelho com fidelidade à sua proposta só pode produzir frutos bons. Portanto, se palavras nos confundem, ações não devem confundir. É fácil deixar-se levar por alguém que fala bem, cujas palavras são bonitas e persuasivas. Mas uma boa oratória não é sinônimo de fidelidade ao Evangelho. Para medir a veracidade que há em um profeta, Jesus propõe analisarmos os frutos que brotam de seu anúncio. Em nosso tempo, há vários profetas falsos, que arrebanham multidões com suas belas palavras, mas cujo anúncio não produz amor e concórdia – frutos do Evangelho – mas produz exclusão, morte e sofrimento – o oposto do que o Evangelho deseja. Vale pensar, a partir deste texto, nas pessoas que temos ouvido: será que produzem bons frutos ou se parecem falsos profetas?

Oração:

A partir da Palavra meditada, apresente ao Senhor a gratidão de seu coração e também seus pedidos.

Senhor, sabemos como é difícil distinguir os falsos profetas daqueles discípulos fiéis que anunciam o vosso Evangelho. Hoje te peço que me dês, por vosso Espírito, o dom do discernimento, para que eu seja capaz de ouvir aqueles que de fato falam em teu nome, anunciando a pureza do teu Evangelho e ensinando-me a colocá-lo em prática, produzindo bons frutos. Dá-me, também, a graça de descobrir a fidelidade ao Evangelho, para que meu anúncio, em obras e palavras, possa produzir frutos que edifiquem o vosso Reino entre nós. Amém.

Contemplação:

A palavra meditada precisa também tornar-se ação. Como viver o que meditamos em nossa vida?             Pense em ações concretas que possam surgir da meditação do dia de hoje.

É importante, a partir da meditação de hoje, pensar nos profetas que costumamos escutar em nosso dia-a-dia – sejam aqueles que pregam diretamente a Palavra de Deus ou os que, de alguma forma, nos dão um direcionamento de vida. São profetas verdadeiros? Quais frutos nascem de seu anúncio? Devo continuar seguindo suas palavras, ou elas se distanciam do Evangelho? Também será importante pensar individualmente: tenho sido um profeta verdadeiro, faço com que minhas palavras sejam compatíveis com minhas ações e produzam bons frutos?

Mariana Aparecida Venâncio (Juiz de Fora – MG)Leiga, Teóloga, especialista em Sagrada Escritura, mestra em Literatura Brasileira e doutoranda em Estudos Literários (UFJF).