Passemos para a outra margem!
20 de junho de 2021Tudo quanto quereis que os outros vos façam, fazei também a eles
22 de junho de 2021Segunda-feira, 21/06:
12ª SEMANA DO TEMPO COMUM
Mt 7,1-5
Leitura:
Procure ler o texto lentamente, atento a cada palavra e expressão. Guarde o trecho que mais lhe chamar a atenção.
No Evangelho de Mateus, Jesus nos ensina a não julgar. Como ele mesmo explica a ensinar seus discípulos a rezarem – na oração do Pai Nosso – seremos julgados segundo o nosso próprio julgamento – perdoados segundo o perdão que oferecemos. Por isso, Jesus nos exorta a não julgarmos, porque com frequência, apontamos nos outros os erros que nós próprios cometemos. Assim, é preciso corrigir primeiro os nossos erros para então enxergá-los no outro.
Meditação:
O que o texto diz para mim, hoje, a partir da situação pela qual tenho passado (minhas alegrias, tristezas, desafios, conquistas)?
Será que Jesus abre, portanto, um precedente para que julguemos uns aos outros? Provavelmente não. Ele exorta os discípulos a não julgarem, porque serão julgados da mesma forma. Ora, nenhum de nós tem capacidade para ser misericordioso como o Pai, portanto, o ensinamento de Jesus é valioso. Devemos nos abster do julgamento para sermos julgados não conforme os nossos critérios, mas conforme a misericórdia infinita do Pai. E porque é que nós não podemos julgar? Porque nenhum de nós é perfeito como o Pai, nenhum de nós é parâmetro para a conduta do outro. O que acusamos nos irmãos também faz parte das nossas mazelas humanas, ainda que sob outras formas. A santidade aqui, neste mundo, é uma busca, não ainda uma realidade. Por isso, não estamos em posição de exercer julgamentos, mas de silenciar e reconhecer que todos nós precisamos da misericórdia do Senhor, igualmente.
Oração:
A partir da Palavra meditada, apresente ao Senhor a gratidão de seu coração e também seus pedidos.
Senhor, dá-me cada vez mais a consciência dos meus próprios erros para que eu possa buscar sinceramente a vossa misericórdia sem exercer o julgamento sobre a vida dos meus irmãos. Dá-me conhecimento e discernimento sobre meus atos à luz da vossa Palavra, para que eu possa acertar na maior parte dos meus atos e para que, quando eu errar, tenha a possibilidade de, reconhecendo meus erros, reparar seus efeitos. Afasta de mim a tentação de julgar meus irmãos e dá-me a graça de ser mais misericordioso, segundo o teu exemplo.
Contemplação:
A palavra meditada precisa também tornar-se ação. Como viver o que meditamos em nossa vida? Pense em ações concretas que possam surgir da meditação do dia de hoje.
Em nosso dia-a-dia, vamos nos esforçar por exercer a misericórdia, tornando-a uma atitude concreta e real. Vamos nos esforçar por não sermos julgadores dos nossos irmãos, mas acolhedores e misericordiosos como o Pai.
Mariana Aparecida Venâncio (Juiz de Fora – MG) – Leiga, Teóloga, especialista em Sagrada Escritura, mestra em Literatura Brasileira e doutoranda em Estudos Literários (UFJF). Oferece cursos bíblicos online. Informações: marianaavenancio@gmail.com