16º Domingo do Tempo Comum – Ano B
19 de julho de 2015Meu irmão, minha irmã e minha mãe são muitos
21 de julho de 2015Leitura: Mateus 12, 38-42
Naquele tempo, alguns mestres da Lei e fariseus disseram a Jesus: “Mestre, queremos ver um sinal realizado por ti”. Jesus respondeu-lhes: “Uma geração má e adúltera busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal do profeta Jonas. Com efeito, assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim também o Filho do Homem estará três dias e três noites no seio da terra. No dia do juízo, os habitantes de Nínive se levantarão contra esta geração e a condenarão, porque se converteram diante da pregação de Jonas. E aqui está quem é maior do que Jonas. No dia do juízo, a rainha do Sul se levantará contra esta geração, e a condenará, porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão. E aqui está quem é maior do que Salomão”.
Oração: O sinal
Os mestres da Lei e os fariseus exigiam de Jesus um sinal direto e comprobatório de que realmente era o Messias. Mas Jesus oferece apenas um único sinal: sua ressurreição, sua vitória sobre a morte. Desejavam obter uma manifestação definitiva, embora adotassem comportamento passivo diante daquele que se dizia filho de Deus. Em contramão, Jesus oferece um sinal que, antes de tudo, demanda postura ativa para que fosse visto realmente como prova de sua origem em Deus. A fé seria o fundamento necessário para que toda sua vida e missão tivessem sentido entre os homens.
Deus tudo realizou em seu filho, de modo que todas as respostas que precisamos residem nele. A sua parte do sinal foi realizada, quando Cristo venceu a morte de cruz, revivendo entre os homens. Nossa missão, como seguidores dele, é complementar o sinal, por meio de nossa fé. Não raro falhamos nessa missão, quando dos momentos em que duvidamos da presença de Deus em nossa vida, ou quando deixamos a confusão do mundo suplantar nosso caminho de seguimento, afastando-nos da oração ou da caridade.
Nesses momentos somos capazes de insurgirmos contra nosso Deus. Mas voltemos ao sinal: qual parte dele é fraca, capaz de falhar? Como dito, Deus tudo realizou em Jesus, não nos restando qualquer pendência para contestarmos sua legitimidade. Então o que é falho é a nossa fé. O sinal não é possível sem o nosso “sim”, ou o nosso “eu creio”. Nos momentos de perturbação e insegurança, precisamos sustentar a nossa fé, acreditando que Jesus nos veio revelar o grandioso e infinito amor de Deus pelos homens, inabalável e incorruptível. Daí o sinal estará diante de nossos olhos, em nossa memória e em nosso coração.
A ressurreição de Jesus, celebrada por nossa fé, é o que nos sustenta no seguimento daquele que tem palavras de vida eterna. Rezemos hoje para que nossa fé esteja sempre ardente em nossos corações e em nossa vida.
Marcelo Camargos. Acadêmico de medicina na UFMG. Família Missionária Verbum Dei de Belo Horizonte.