“Jesus ainda estava falando às multidões. Sua mãe e seus irmãos ficaram do lado de fora, procurando falar com ele.

Alguém disse a Jesus: ‘Olha! Tua mãe e teus irmãos estão aí fora, e querem falar contigo.’

Jesus perguntou àquele que tinha falado: ‘Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?’ E, estendendo a mão para os discípulos, Jesus disse: ‘Aqui estão minha mãe e meus irmãos, pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai que está no céu, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.’”

“Todo aquele que faz a vontade do meu Pai que está no céu, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.” Este é o centro do Evangelho de hoje. Deixar-nos introduzir na grandeza de presente que esta fala de Jesus representa.

Jesus não está desfazendo da sua família. O rompimento de privilégios abre as portas para uma Família muito maior, a dos discípulos seguidores dos Seus passos na busca da vontade do Pai. Maria, discípula de Seu Filho, está incluída aí.

Esta abertura é a possibilidade de também nós participarmos desta Família, constituída pela sua entrega. “É graças a Ele que uns e outros, num só Espírito, temos acesso ao Pai. Assim, não sois mais estrangeiros nem migrantes; sois concidadãos dos santos, sois da família de Deus.” (Ef 2,18-19)

É muito grande a graça que nos é dada. Saboreá-la nesta oração. Agradecer pela abertura inclusiva que Jesus realiza. Já não estamos por fora, participamos pelo Seu Corpo e Sangue.

O que recebemos gratuitamente torna-se chamado: vivenciar o presente. Viver como filhos buscando amorosamente o querer do Pai, como O Filho nos ensinou. Querer que é Vida plena, querer que é passagem do medo ao desejo, da carência à plenitude, do egoísmo ao amor, do desânimo à esperança, da descrença à fé.

Que Maria nos ensine a acolher e vivenciar o dom da familiaridade com Deus.

Tania Pulier, comunicadora social – Família Missionária Verbum Dei e pré-CVX Cardoner