A vinda do Reino (LC 17, 20 – 25)
10 de novembro de 2016A justiça de Deus se manifesta através dos que creem (Lucas 18, 1-8)
12 de novembro de 2016Lc 17, 26-37
Como foi dito no tempo de Noé, assim também será nos dias de antes da vinda do Filho do Homem. Todos comiam e bebiam, e os homens e as mulheres casavam, até o dia em que Noé entrou na barca. Depois veio o dilúvio e matou todos. A mesma coisa aconteceu no tempo de Ló. Todos comiam e bebiam, compravam e vendiam, plantavam e construíam. No dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre e matou todos. Assim será o dia em que o Filho do Homem aparecer. Aí quem estiver em cima da sua casa, no terraço desça, e fuja logo, e não perca tempo entrando na casa para pegar as suas coisas. E quem estiver no campo não volte para a casa. Lembrem-se da mulher de Ló. A pessoa que procura os seus próprios interesses nunca terá a vida verdadeira; mas quem esquece a si mesmo terá a vida verdadeira. Naquela noite duas pessoas estarão dormindo numa mesma cama. Eu afirmo a vocês que uma será levada, e a outra, deixada. Duas mulheres estarão moendo trigo juntas: uma será levada, e a outra, deixada. Naquele dia, dois homens estarão trabalhando na fazenda: um será levado, e o outro, deixado.
Então os discípulos perguntaram:
_ Senhor, onde vai ser isso?
Ele respondeu:
_ Onde estiver o corpo de um morto, aí se ajuntarão os urubus.
Oração:
Meu Deus toma os nossos corações. Toma, em tuas mãos, todo o nosso ser. Que possamos abrir-nos à tua Palavra para que as nossas vidas possam dar frutos em abundância.
A leitura de hoje remete-nos ao cotidiano:
“Todos comiam e bebiam, e os homens e as mulheres casavam, até o dia em que Noé entrou na barca. Depois veio o dilúvio e matou todos. A mesma coisa aconteceu no tempo de Ló. Todos comiam e bebiam, compravam e vendiam, plantavam e construíam. No dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre e matou todos.”
A vida segue com todos fazendo o mesmo: comendo, bebendo, estudando, trabalhando, casando, independente do lugar. E, de repente uma tragédia e muitos mortos.
Nos preocupamos excessivamente com as opiniões dos outros, com os olhares que nos julgam. Tratamos bem e damos atenção àquele que poderá nos favorecer em momento oportuno. Dificilmente encontramos tempo para visitar um doente ou um idoso. Vivemos envolvidos por tantas tarefas, compromissos domésticos e sociais, quase sempre alheios ao que não passa. E o que não passa?
Alguém pode dizer: “A dor da perda de um ente querido, não passa!” Ou ainda “A alegria de ter um filho.”, “A alegria em publicar um livro.”. Sim, muitas são as marcas de vida. Alegrias e tristezas mas todas são lembranças. O que fica são as lembranças. Quase sempre, as melhores lembranças, aquelas que aquecem os nossos corações, são as mais singelas. Momentos que vivemos com as pessoas que amamos ou ainda momentos em que servimos a alguém. Sim. Servir. Servir enche os nossos corações de alegria!
“A pessoa que procura os seus próprios interesses nunca terá a vida verdadeira; mas quem esquece a si mesmo terá a vida verdadeira.”
A vida verdadeira está em servir, pois aí, nesse momento, estaremos desfrutando de uma profunda alegria, que não passa!
Como Paulo nos diz em Filipenses, Jesus se fez humano para nos ensinar a amar! “Ele tinha condição divina, mas não se apegou a sua igualdade com Deus. Pelo contrário, esvaziou-se de si mesmo, assumindo a condição de servo e tornando-se semelhante aos homens.” (Filipenses, 2, 6-7) Jesus tomou para si não só a condição de homem mas de servo. Sendo Deus, humilhou-se a si mesmo, tornou-se obediente à morte e morte de cruz. (Filipenses 2,8).
Somos convidados a servir, deixando morrer em nós o egoísmo, a ganância e outros sentimentos que nos afastam do amor, que são barreiras que dificultam vivermos plenamente a alegria do serviço.
Como temos vivido esse chamado?
Senhor, Jesus, ensina-nos a servir com o coração. Que possamos experimentar diariamente a alegria que nos é reservada: servir aos irmãos e à Igreja entregando os dons que me foram concedidos por sua graça. Amém.
Norma Parreiras da Silva – Família Missionária Católica Verbum Dei – BH