Ter amigos (Lc 16,1-8)
10 de novembro de 2017“Enquanto eu viver, falarei da tua bondade”.
12 de novembro de 2017Lc 16,9-15
Por isso eu digo a vocês: usem as riquezas deste mundo para conseguir amigos a fim de que, quando as riquezas faltarem, eles recebam vocês no lar eterno. Quem é fiel nas coisas pequenas também será nas grandes; e quem é desonesto nas coisas pequenas também será nas grandes. Pois se vocês não forem honestos com as riquezas deste mundo, quem vai pôr vocês para tomar conta das riquezas verdadeiras? E, se não forem honestos com o que é dos outros, quem lhes dará o que é de vocês?
Um escravo não pode servir a dois donos ao mesmo tempo, pois vai rejeitar um e preferir o outro; ou será fiel a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e também ao dinheiro.
Os fariseus ouviram isso e zombaram de Jesus porque amavam o dinheiro. Então Jesus disse a eles:
_ Para as pessoas vocês parecem bons, mas Deus conhece o coração de vocês. Pois aquilo que as pessoas acham que vale muito não vale nada para Deus.
Bom dia Trindade Santa! Espírito Santo nos ilumine neste momento de oração com a Palavra. Jesus Cristo nos encha de coragem para assumirmos com vigor nossa missão cristã. Paizinho querido, que possamos vivenciar este dia, partilhando o seu amor misericordioso.
Em tempos de tanta incerteza sobre o caminhar da vida política do nosso país, a leitura de hoje nos remete a ética, a justiça, ao respeito, dentre outros.
“Ética” vem do grego ethos, que significa costume, jeito de ser, caráter, marca” no sentido epistemológico da palavra. Na Filosofia, ética é uma área em que se estuda a “moral”; vem do latim mores, que tem o mesmo significado, indicando também costume, hábito.
De acordo com Terezinha Azeredo Rios (2006), professora da PUC – SP, “a ética funda-se nos princípios do respeito, da justiça e da solidariedade, que apontam para a necessidade de reconhecimento do outro.”
Jesus afirma:
“Quem é fiel nas coisas pequenas também será nas grandes; e quem é desonesto nas coisas pequenas também será nas grandes. Pois se vocês não forem honestos com as riquezas deste mundo, quem vai pôr vocês para tomar conta das riquezas verdadeiras?
Pois bem, Jesus não utiliza a palavra ética mas fala com propriedade sobre honestidade e caráter que perpassa a questão dos hábitos, dos costumes, do respeito ao outro. Em outra versão: “Quem é fiel nas pequenas coisas, também é fiel nas grandes; e quem é injusto nas pequenas, também é injusto nas grandes.
Só é fiel ao dinheiro justo quem também o é ao dinheiro injusto! E, por isso, Jesus faz uma pergunta direta:
“Pois se vocês não forem honestos com as riquezas deste mundo, quem vai pôr vocês para tomar conta das riquezas verdadeiras? E, se não forem honestos com o que é dos outros, quem lhes dará o que é de vocês?”
Façamos silêncio em nosso interior e, com sinceridade, reflitamos sobre o questionamento de Jesus e também nos perguntemos: Sou honesto (a) com as riquezas que Deus tem me dado neste mundo? Como tenho utilizado essas riquezas?
Um escravo não pode servir a dois donos ao mesmo tempo, pois vai rejeitar um e preferir o outro; ou será fiel a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e também ao dinheiro.”
Nosso amigo João Batista, na sua pista de oração, partilhava outro dia que devemos, à luz do Espírito Santo, discernir se empregamos nosso tempo a visitar um doente ou ir à missa. Que pudéssemos avaliar o que trazia mais comodidade. Entendia que são nessas pequenas coisas que estão as riquezas que às vezes desperdiçamos quando optamos pelo que nos traz mais comodidade. O conforto é bom, agrada ao nosso corpo, mas Cristo nos chama a mais. Não que não possamos desfrutar do conforto ou do descanso, mas que estejamos vigilantes para não cair na tentação de sempre buscar o que nos é agradável, esquecendo-nos do outro. Abandonando o serviço, a solidariedade ao outro, o reconhecimento ao próximo. Urge uma decisão: escolher entre o serviço a Deus e o serviço às riquezas do mundo.
Não é possível servir a dois senhores. Há de se fazer uma escolha para que sejamos dignos de sermos chamados filhos de Deus, irmãos em Cristo.
“Os fariseus ouviram isso e zombaram de Jesus porque amavam o dinheiro. Então Jesus disse a eles:
_ Para as pessoas vocês parecem bons, mas Deus conhece o coração de vocês. Pois aquilo que as pessoas acham que vale muito não vale nada para Deus.”
Ainda que nos custe encarar os desafios, as perseguições e as consequências na escolha por viver uma vida cristã, ao enfrentarmos tudo isso com as graças de Deus, nos tornaremos dignos de sermos guardiães das verdadeiras riquezas, que nunca se esgotam.
Que o Espírito Santo nos guie e nos dê sabedoria para vivermos conforme os desejos de Deus, nosso Pai. Amém.
Norma Parreiras da Silva – Família Missionária Verbum Dei – Bh
RIOS, Terezinha Azerêdo. A ética na pesquisa e a epistemologia do pesquisador. Psicol. rev. (Belo Horizonte) [online]. 2006, vol.12, n.19 [citado 2017-11-05], pp. 80-86 . Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-11682006000100008&lng=pt&nrm=iso>. ISSN 1677-1168. Acesso em: 05/11/2017