Sou eu (João 18,1-19,42)
25 de março de 2016A intimidade que faz ver a Vida!
29 de março de 2016Leitura: Lucas 24,1-12
No domingo bem cedo, as mulheres foram ao túmulo, levando os perfumes que haviam preparado. Elas viram que a pedra tinha sido tirada da entrada do túmulo. Porém, quando entraram, não acharam o corpo do Senhor Jesus e não sabiam o que pensar. De repente, apareceram diante delas dois homens vestidos com roupas muito brilhantes. E elas ficaram com medo, e se ajoelharam, e encostaram o rosto no chão. Então os homens disseram a elas:
— Por que é que vocês estão procurando entre os mortos quem está vivo? Ele não está aqui, mas foi ressuscitado. Lembrem que, quando estava na Galileia, ele disse a vocês: “O Filho do Homem precisa ser entregue aos pecadores, precisa ser crucificado e precisa ressuscitar no terceiro dia”.
Então as mulheres lembraram das palavras dele e, quando voltaram do túmulo, contaram tudo isso aos onze apóstolos e a todos os outros. Essas mulheres eram Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago. Estas e as outras mulheres que foram com elas contaram tudo isso aos apóstolos. Mas eles acharam que o que as mulheres estavam dizendo era tolice e não acreditaram. Porém Pedro se levantou e correu para o túmulo. Abaixou-se para olhar e viu somente os lençóis de linho e nada mais. Aí voltou para casa, admirado com o que havia acontecido.
Oração: Mais uma vez, os pequeninos
Jesus foi traído por um de seus escolhidos, açoitado em ordem dos poderosos, condenado pela multidão e ridicularizado por morte de cruz. Não podemos, contudo, nos apegar a apenas parte de sua mensagem. O luto e o desânimo não podem nos dominar, porque Ele foi entregue aos pecadores e crucificado, mas ressuscitou pouco tempo depois. Para nós, ainda hoje, não faz sentido procurar entre os mortos quem está vivo.
Se a celebração da Paixão nos motiva a refletir sobre a cegueira de se condenar o próprio Deus, evidenciando nosso pecado e fraqueza em status máximo, a Ressurreição nos vem como celebração da misericórdia e esperança de um Deus que não nos abandona, apesar de tudo.
Na Ressurreição, Jesus revela toda a sua glória de Filho de Deus. E não escolhe revelá-la ao sumo sacerdote ou ao imperador, como que se vingasse colocando à mesa seu poder indestrutível. Pelo contrário, chama mais uma vez os pequeninos, atraindo a atenção das boas mulheres que iriam higienizar seu corpo desfigurado e a atenção do tal discípulo-pedra, que escolheu negá-lo três vezes para se safar da perseguição.
É como se Ele mais uma vez surgisse ao mundo pelos pastores: outrora aqueles de Belém, agora os pastores de homens, que trabalhariam arduamente e corajosamente pela disseminação de sua Boa Nova a todo canto da terra.
Marcelo H. Camargos – Família Missionária Verbum Dei de Belo Horizonte/MG