Evangelho – Lc 5,1-11
5 de setembro de 2013Evangelho – Lc 6,1-5
7 de setembro de 2013Naquele tempo: Os fariseus e os mestres da Lei disseram a Jesus: ‘Os discípulos de João, e também os discípulos dos fariseus, jejuam com freqüência e fazem orações. Mas os teus discípulos comem e bebem.’ Jesus, porém, lhes disse: ‘Os convidados de um casamento podem fazer jejum enquanto o noivo está com eles? Mas dias virão em que o noivo será tirado do meio deles. Então, naqueles dias, eles jejuarão.’ Jesus contou-lhes ainda uma parábola:
‘Ninguém tira retalho de roupa nova para fazer remendo em roupa velha; senão vai rasgar a roupa nova, e o retalho novo não combinará com a roupa velha. Ninguém coloca vinho novo em odres velhos; porque, senão, o vinho novo arrebenta os odres velhos e se derrama; e os odres se perdem. Vinho novo deve ser colocado em odres novos. E ninguém, depois de beber vinho velho, deseja vinho novo; porque diz: o velho é melhor.’
Para refletir…
Jesus é questionado por um grupo de homens legalistas de seu tempo, pois não se conformam com o fato de os discípulos de João Batista jejuarem e não o fazerem os seus discípulos.
Com sua resposta, Jesus convida-nos a pensar no sentido do jejum. Jejua-se, entre outras razões, para estar mais perto de Deus. Abstendo-se do que nos é aparentemente essencial, afirma-se, também, a abertura para o que é transcendente e verdadeiramente fundamental. Dessa forma, para os discípulos de Jesus, que estavam com Deus no dia a dia, não era necessário jejuar; pelo contrário, era conveniente que ceassem com Jesus – o noivo.
Além do exemplo do casamento, Jesus conta uma parábola, que é muito interessante para pensarmos o diálogo entre a tradição e o que é moderno, o antigo e o novo. O cristão está fadado a este desafio: o discernimento entre o que é novo e velho, entre o que se pode descartar e o que deve ser guardado em cada tempo. Jesus mesmo disse que não veio abolir a lei, mas cumpri-la (Mt 5, 17-18).
Hoje, que nossa oração seja para que, inspirados pelo Espírito, consigamos ser odres novos a cada dia, reconhecendo a importância do que guardaram os odres velhos… Jesus foi a boa nova de seu tempo e é a boa nova de cada dia, motivo pelo qual requer novas formas para chegar ao homem em cada futuro. Assim, se o cristão não é capaz de apresentá-Lo ao homem de cada dia, Ele fica desperdiçado, sem dar a alegria de Deus aos homens, como o vinho derramado pelos odres quebrados.
João Gustavo Henriques de Morais Fonseca, graduando em Direito, UFMG – Família Missionária Verbum Dei