1º de julho de 2022 – Sexta-feira da 13ª Semana do Tempo Comum

Evangelho de Mt 9,9-13 –

“… eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores” (Mt 9,13).

Nesta sexta-feira da 13ª Semana do Tempo Comum, iniciemos nossa Leitura Orante respirando o amor e sentindo, perpassando por todo o nosso corpo, a presença e a força da Ruah Divina.

Continuaremos nosso caminho pelo Evangelho segundo Mateus, desta vez nosso encontro se dará com Mt 9,9-13.

1. Leitura – O que o texto diz?

O evangelho de hoje, é continuação do texto com o qual rezamos ontem, Mt 9,1-8. Leiamos o texto com bastante atenção quantas vezes for necessário, até que ele se torne, para nós, uma casa conhecida, à qual temos acesso a todos os espaços.

A narrativa de hoje é perpassada por um encontro que revolucionou a vida de um homem que trabalhava na coletoria de impostos e que causou — e ainda causa — um grande rebuliço na vida de quem o testemunhou e testemunha. Em um único versículo é narrada essa reviravolta:

• o homem chamado Mateus estava sentado na coletoria de impostos;
• Jesus, um mestre, que andava por aí acompanhado por um grupo de discípulos e de quem se ouvia falar coisas grandes e maravilhosas, o vê e o convida a segui-lo;
• Mateus levantou-se e seguiu Jesus.

No versículo 10, um novo cenário: a mesa, e novas personagens: “muitos cobradores de impostos e pecadores e sentaram-se à mesa com Jesus e seus discípulos”. Você é capaz de imaginar a festa? Sobre o que conversavam?

A partir do versículo 11, outras personagens entram em cena. Tendo visto o que acontecia, alguns fariseus perguntaram, não a Jesus, mas a seus discípulos: “Por que vosso mestre come com os cobradores de impostos e pecadores?” Se você fosse um dos discípulos, qual seria sua resposta? Já pensou nisso? No entanto, foi Jesus que respondeu com um ensinamento:

“Aqueles que têm saúde não precisam de médico, mas sim os doentes. Aprendei, pois, o que significa: ‘Quero misericórdia e não sacrifício’. De fato, eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores”.

2. Meditação – O que o texto me diz?

A meditação consiste em saborear as palavras e os acontecimentos que chamaram nossa atenção na leitura, aqueles que vêm de encontro à realidade que experimentamos e através dos quais podemos compreender melhor o mundo e a nós próprios. No evangelho de hoje, há um chamado ao seguimento, uma refeição compartilhada e um ensinamento aos observadores.

O ensinamento de Jesus foi para os fariseus do evangelho e para cada um e cada uma de nós hoje. Que significado e que lição as palavras de sabedoria dirigidas por Jesus aos fariseus trazem a nós, leitores e leitoras do Evangelho, hoje? O que sentimos e o que aprendemos com essa narrativa?

3. Oração – O que o texto me leva a dizer a Deus?

A partir do que lemos e meditamos do evangelho de Mt 9,9-13, podemos, agora, falar com Deus de forma  aberta e sincera sobre o nosso chamado e como tem sido nossa resposta, sobre como tem sido o nosso tempo em sua companhia, sobre o que pensamos sobre a vida e a história de Jesus.

Peçamos perdão por todas as vezes que julgamos nossos irmãos e irmãs e por todas as vezes que pensamos que alguém não merece estar na comunidade de Jesus.

Peçamos também ao Espírito Santo a graça de compreender que Jesus veio para os pecadores, e isso significa que ele veio para mim e para todos os meus irmãos e irmãs.

4. Contemplação – O que o texto faz em mim?

Os fariseus do evangelho de hoje receberam um ensinamento de Jesus. No silêncio da contemplação, permitamos que Deus nos ajude a compreender sua palavra. Que o Pai nos envie sua Ventania de Amor e que esta gere Jesus em nossas vidas.

4. Ação – O que o texto – e este encontro – me solicita a agir?

O que o texto do evangelho de hoje me leva a assumir como gesto concreto? Depois de todo o caminho realizado nesta Leitura Orante, pensemos qual deverá ser o nosso gesto e peçamos a Deus força e sabedoria para concretizá-lo.

Por fim, agradecemos a Deus pela vida e a missão de Jesus, que não veio para chamar os justos, mas os pecadores.

*Maria Nivaneide de Abreu Lima, mestra em Teologia pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) e membro do Centro de Estudos Bíblicos (CEBI).