Nosso sinal é Jesus
10 de outubro de 2016Jesus vai a um casamento (JO 2, 1 – 11)
12 de outubro de 2016Quando Jesus acabou de falar, um fariseu o convidou para jantar na casa dele. Jesus foi e sentou-se à mesa. O fariseu ficou admirado quando viu que Jesus não tinha se lavado antes de comer. Então o Senhor disse a ele:
— Vocês, fariseus, lavam o copo e o prato por fora, mas por dentro vocês estão cheios de violência e de maldade. Seus tolos! Quem fez o lado de fora não é o mesmo que fez o lado de dentro? Portanto, deem aos pobres o que está dentro dos seus copos e pratos, e assim tudo ficará limpo para vocês.
Vem Espírito Santo, acalme nosso coração e ajude-nos a esvaziar nossas mentes das preocupações, para que melhor possamos apreciar as palavras do texto proposto para hoje e possamos nos ocupar do que é necessário no nosso presente.
O texto de hoje chama a minha atenção para dois aspectos.
Primeiro para a liberdade de Jesus, pois mesmo tendo uma relação com os fariseus constantemente pautada por diferenças muito fortes, Ele aceita, tranquilamente, ir jantar na casa daquele que o convidou.
Também é muito provável que lá estivessem outros fariseus e seus partidários, o que poderia tornar o clima carregado, no entanto Jesus é capaz de se sentar à mesa e ficar bem à vontade.
Ele não segue os protocolos rituais tão apreciados pelos fariseus e aproveita o pequeno mal estar causado por sua atitude para poder ensinar, não se importando também de utilizar palavras muito duras aos seus anfitriões: “Seus tolos!”.
Sua independência em relação ao que os outros pensam ou deixam de pensar dele é enorme. Na verdade sua submissão se dá inteiramente à vontade do Pai. Não se submete a nada que não seja fazer a vontade do Pai. Nisto consiste sua total liberdade.
Na primeira leitura de hoje (Gl 5, 1-6) Paulo diz: “Cristo nos libertou para que nós sejamos realmente livres. Por isso, continuem firmes como pessoas livres e não se tornem escravos novamente”.
Contemplando a cena que se passa com Jesus, conforme o texto de hoje, e a exortação de Paulo, podemos trazer à memória todas as coisas que ainda nos aprisionam e, aproveitando este diálogo íntimo com a Trindade, buscar luz para compreender porque continuamos nos deixando aprisionar, além de força e coragem para conseguirmos nos libertar verdadeira e definitivamente.
O outro aspecto é que agimos, muitas vezes, exatamente como o fariseu do texto. Nos colocamos em oração, convidamos Jesus para nossa casa, e ficamos querendo enquadrá-lo em nossos esquemas.
Neste sentido, o texto de hoje ajuda muito, pois precisamos nos preparar para ouvir palavras duras. Estar em contato íntimo, tudo isto que buscamos ao nos colocar em oração com a palavra é muito bom, mas precisamos estar preparados para ouvir coisas que fogem completamente dos nossos esquemas pré-estabelecidos.
Precisamos escutar o nosso convidado.
Acontece de estarmos tão convencidos da correção de algumas coisas que praticamos e em que acreditamos que é necessário Jesus nos sacudir e nos alertar com palavras fortes como: “Seus tolos!”.
Como está a limpeza do nosso interior? Está livre dos preconceitos?
Como estão nossas celebrações? Vivemos o que celebramos?
Senhor Jesus, nos colocamos aqui com todas nossas dificuldades, nossas limitações e nossos enganos, desejando ardentemente que o Senhor nos dê palavras vivas, que nos ajude a nos livrarmos de nossas sujeiras interiores, como a inveja, o orgulho, a ganância e o preconceito. Amém!
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João Batista Pereira Ferreira – Família Missionária Verbum Dei – Belo Horizonte