XXVIII Domingo do Tempo Comum – Ano C
9 de outubro de 2016Escutar o convidado (Lc 11, 37-41)
11 de outubro de 2016Evangelho – Lc 11,29-32
29 Quando a multidão se ajuntou em volta de Jesus, ele começou a falar e disse o seguinte:
— Como as pessoas de hoje são más! Pedem um milagre como sinal de aprovação de Deus, mas nenhum sinal lhes será dado, a não ser o milagre de Jonas. 30Assim como o profeta Jonas foi um sinal para os moradores da cidade de Nínive, assim também o Filho do Homem será um sinal para a gente de hoje. 31No Dia do Juízo a rainha de Sabá vai se levantar e acusar vocês, pois ela
veio de muito longe para ouvir os sábios ensinamentos de Salomão. E eu afirmo que o que está aqui é mais importante do que Salomão. 32No Dia do Juízo o povo de Nínive vai se levantar e acusar vocês porque, quando ouviram a mensagem de Jonas, eles se arrependeram dos seus pecados. E eu afirmo que o que está aqui é mais importante do que Jonas.
Senhor, envie-nos o Espírito Santo para que iniciemos bem essa semana e para que tenhamos clareza em nossas ações de paz.
Jesus é o próprio sinal. Sua vida deve ser, pois, luz em nossa caminhada, certeza do amor grandioso de Deus por nós. Jesus é o sinal vivo que Deus enviou à terra para que nós percebamos o quanto Ele nos ama. Como o amor é o maior sentimento que podemos experimentar, maior sinal que esse, da existência de Deus, é impossível.
No texto de hoje, Jesus questiona a incredulidade das pessoas de sua época. A rainha de Sabá e o povo de Nínive, ou seja, pessoas que foram pagãs, sentir-se-iam revoltados diante da incredulidade absurda dos judeus, que tinham diante de si o próprio Filho de Deus e, ainda assim, recusavam-se a acreditar. Enquanto isso, o povo de Nínive se converteu só de verem Jonas e ouvirem suas palavras e a Rainha de Sabá viajou uma distância enorme só para ouvir Salomão. Profeta e rei (Jonas e Salomão) foram o suficiente para causar mudanças drásticas na vida das pessoas da época, mas os judeus, que tinham o próprio Deus Filho encarnado, perdiam a oportunidade.
É muito fácil ler o texto e ficarmos indignados com a rudeza do povo da época de Cristo e dar razão à fala de Jesus, mas, devemos voltar o nosso olhar para dentro de nós para vermos também a fragilidade de nossa fé.
Quantas vezes nos revoltamos porque pedimos direção de Deus, pedimos que nos dê indícios de que estamos certos, sinais para nos orientarmos na vida, mas não conseguimos vê-los? Seguimos os conselhos que lemos no mundo por meio das pessoas e dos fenômenos e corremos, muitas vezes, o risco de não chegarmos a lugar algum ou de ainda estarmos em caminhos que não são do bem.
Se o sinal é Jesus, basta nos mirarmos nele para orientação em nossas dúvidas. Todas as nossas inquietações não respondidas por Ele por meio da Palavra. Se mantivermos uma escuta atenta e o coração aberto, encontraremos direção todos os dias, escutando o que Ele nos diz. E escutar, vale dizer, é bem mais profundo que ouvir. Escutar é atribuir sentido ao que é dito e, nesse caso da Palavra, levá-la ao coração, meditar, contemplar. Só assim é possível nos direcionarmos pelo sinal, que é Jesus.
O exercício com a Palavra é capaz de nos afastar do nosso ego e nos dar uma visão mais ampla das coisas, é capaz de nos fazer enxergar além de nossa pequenez humana e entender a verdadeira vontade de Deus em nossa vida. A persistência nesse exercício nos amadurecerá e nos tornará seguros de nossas ações em direção ao que é o melhor para nós.
Senhor, dá-nos o dom a perseverança para que continuemos no caminho de exercício espiritual com Sua palavra e, assim, sintamo-nos cada vez mais perto de Seu projeto para nossa vida!.
Assim seja.
Ana Paula Ferreira -Família Missionária Verbum Dei – Belo Horizonte