Escutar o convidado (Lc 11, 37-41)
11 de outubro de 2016Viva e eficaz, jamais no túmulo (Lucas 11, 47-54)
13 de outubro de 2016Dois dias depois, houve um casamento no povoado de Caná, na região da Galileia, e a mãe de Jesus estava ali. Jesus e os seus discípulos também tinham sido convidados para o casamento. Quando acabou o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: O vinho acabou. Jesus respondeu: Não é preciso que a senhora diga o que eu devo fazer. Ainda não chegou a minha hora. Então ela disse aos empregados: Façam o que ele mandar. Ali perto estavam seis potes de pedra; em cada um cabiam entre oitenta e cento e vinte litros de água. Os judeus usavam a água que guardavam nesses potes nas suas cerimônias de purificação. Jesus disse aos empregados: Encham de água estes potes. E eles os encheram até a boca. Em seguida Jesus mandou: Agora tirem um pouco da água destes potes e levem ao dirigente da festa. E eles levaram. Então o dirigente da festa provou a água, e a água tinha virado vinho. Ele não sabia de onde tinha vindo aquele vinho, mas os empregados sabiam. Por isso ele chamou o noivo e disse: Todos costumam servir primeiro o vinho bom e, depois que os convidados já beberam muito, servem o vinho comum. Mas você guardou até agora o melhor vinho. Jesus fez esse seu primeiro milagre em Caná da Galileia. Assim ele revelou a sua natureza divina, e os seus discípulos creram nele.
O casamento é o símbolo da união de Deus com a humanidade, realizada de maneira definitiva na pessoa de Jesus, Deus-e-Homem. Sem Jesus, a humanidade vive uma festa de casamento sem vinho.
A oração de hoje, nos convida a contemplar a presença de Maria… Aquela que nos leva a Jesus! A mesma que participa de maneira ativa nesta festa, como alguém que está ali pronta para ajudar no que for preciso… Chama-me a atenção a sua força, a sua presença forte, inabalável, e ao mesmo tempo a sua sensibilidade; ela percebe que algo não vai bem: “Quando acabou o vinho”, logo toma a iniciativa e apela pelo seu filho…
É interessante que Jesus num primeiro momento rejeita o apelo de Maria: “Ainda não chegou a minha hora”, ele tenta não atender ao seu pedido. Mesmo ela não sendo compreendida por Jesus no primeiro momento, ela não desiste… Nesse momento, penso que Maria com um olhar amoroso, que é próprio dela, tenha dito a ele, meu filho quem somos nós para falar qual é a hora? E ele como estava sempre aberto ao Amor compreende que, apesar dele não achar a hora adequada, sua mãe com sua profissão de fé: “Façam o que ele mandar”, faz com que ele confirme o seu compromisso de amor e fidelidade, a ela e ao projeto do Reino…
Lembrei-me de um trecho da música do Geraldo Vandré que vem de encontro com esta ideia quando diz: ”Vem, vamos embora, que esperar não é saber, Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”… Então me pergunto o que isso tem a ver com esse momento de oração?
Creio que esse é o sentimento que contém a força capaz de mudar, transformar a vida do homem; Maria e o seu filho são os nossos “embaixadores” a nos mostrar que na festa da vida para que tenhamos alegria precisamos sair da posição de convidados para a condição de anfitriões, servidores, de espectadores, para protagonistas e colocar os nossos dons e talentos a serviço dos outros, mesmo se esses “outros” não nos reconhecem.
Vejam que ele não manda pegarem um pouquinho de água para encher apenas um pote, ele manda: “Encham de água estes potes”, ou seja, todos os potes. E eles os encheram até a boca. Depois, aí, sim, mandou que tirassem um pouco da água dos potes e levassem ao dirigente da festa. Contemplo aí, que temos que nos encher do Amor de Deus para que esse Amor possa chegar um pouco aos outros através de nós, ainda que seja tarde… Estou certo que fazer chegar ao outro aquilo que tenho de melhor, é Dom de Deus…
Peçamos a Maria que nos ajude a perseverar para de fato atender ao seu apelo: “Façam o que ele mandar”. Para que sua palavra e ação possam transformar as nossas realidades. Ave Maria cheia de graça, O senhor é convosco, Bendita sois vós, Entre as mulheres, E bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, mãe de Deus, Rogai por nós pecadores, Agora e na hora de nossa morte, Amém!
Agostinho Augusto – Família missionária Verbum Dei – Belo Horizonte MG.