A missão dos doze apóstolos (MT10, 1 – 7)
6 de julho de 2016Quando eles foram embora, algumas pessoas levaram a Jesus um homem que não podia falar porque estava dominado por um demônio. Logo que o demônio foi expulso, o homem começou a falar. Todos ficaram admirados e afirmavam:
— Nunca vimos em Israel uma coisa assim!
Mas os fariseus diziam:
— O chefe dos demônios é quem dá a esse homem poder para expulsar demônios.
Jesus andava visitando todas as cidades e povoados. Ele ensinava nas sinagogas, anunciava a boa notícia sobre o Reino e curava todo tipo de enfermidades e doenças graves das pessoas. Quando Jesus viu a multidão, ficou com muita pena daquela gente porque eles estavam aflitos e abandonados, como ovelhas sem pastor. Então disse aos discípulos:
— A colheita é grande mesmo, mas os trabalhadores são poucos. Peçam ao dono da plantação que mande mais trabalhadores para fazerem a colheita.
Venha Espírito Santo! Colocamo-nos à sua disposição para a oração. Encha nosso espírito com o seu amor, seu entendimento e sua sabedoria.
Também fico admirado Senhor, porque percebo, a cada dia, sua ação em mim. Como aquele homem mudo, coloco-me em sua presença a cada manhã e vou percebendo que o Senhor age sobre o mal que habita em meu coração.
Lendo, bem devagar e com atenção, os textos que falam de sua vida sobre a terra, as sombras vão deixando espaço para uma luz que tudo ilumina e, assim, o que eu não compreendia vai, pouco a pouco, ficando claro e ganho coragem para falar o que antes eu calava. Sua segurança e liberdade são força que me conduz.
No texto de hoje, os fariseus querem desacreditá-lo. Não podiam aceitar sua bondade, seu amor. Era um risco deixar que as pessoas ficassem livres e pudessem pensar e agir por elas mesmas. Insistem na tentativa de mostrar ao povo que suas obras eram feitas pela força do maligno. Como acreditar que tanta coisa boa pudesse vir do maligno?
Percebo que hoje ainda há muitos que desejam fazer a mesma coisa. Ao invés de pregarem palavras que libertam, procuram prender seus seguidores a fardos pesados e vendem fórmulas milagrosas para retirar-lhes os fardos. Estes nunca terminam e são usados para assegurar aos maus pastores mais poder.
O Senhor dá tudo de graça. Sua graça pode alcançar a todos, ninguém está impedido de recebê-la. E você se esforça para que os mais humildes a recebam primeiro e em grande quantidade. Corações livres que podem perceber a proximidade do Reino que você anuncia com tanta alegria.
Não vejo curas físicas extraordinárias acontecendo ao meu redor, embora perceba sua ação agindo em vários profissionais da saúde, operando milagres, salvando vidas, renovando a esperança de muitas pessoas. Além disso, carrego experiências de muitas pessoas que sofrem com doenças terríveis e, ao final de um período de muito sofrimento dela e de seus familiares, falecem, apesar das inúmeras orações para que se curassem. Então, o Senhor me perdoe se eu estiver errado, mas não consigo compreender estas curas como sendo físicas.
No entanto, Senhor, posso compreender que sua presença é suficiente para nos curar das mais terríveis doenças e enfermidades. Ambientes terrivelmente acometidos pelo ódio, pela inveja e pelo egoísmo, que fazem dezenas de milhares morrerem em conflitos armados, atentados a bomba, podem ser curados simplesmente com a sua presença. Onde a boa notícia do Reino é anunciada há esperança. Da mesma forma que o mudo começou a falar, sua presença, de amor e de misericórdia, afasta as enfermidades do coração e a alegria da partilha, da compreensão, da tolerância ganham voz e passam a falar.
Ainda hoje, Jesus, há poucos trabalhadores para colher todos os frutos que o Senhor plantou e faz crescer. Continuamos rogando que nos envie mais trabalhadores e, também, que nos encoraje, anime e nos envie a ser continuadores de sua obra. Amém!
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João Batista Pereira Ferreira – Família Missionária Verbum Dei – Belo Horizonte