XIV Domingo do Tempo Comum – Ano C
3 de julho de 2016Anunciava a boa notícia e curava (Mt 9,32-38)
5 de julho de 2016Mt 9,18-26
Enquanto Jesus estava falando, um chefe aproximou-se, inclinou-se profundamente diante dele, e disse: ‘Minha filha acaba de morrer. Mas vem, impõe tua mão sobre ela e ela viverá.’ Jesus levantou-se e o seguiu, junto com os seus discípulos. Nisto, uma mulher que sofria de hemorragia, há doze anos, veio por trás dele e tocou a barra do seu manto. Ela pensava consigo: ‘Se eu conseguir ao menos tocar no manto dele, ficarei curada.’ Jesus voltou-se e, ao vê-la, disse: ‘Coragem, filha! A tua fé te salvou.’ E a mulher ficou curada a partir daquele instante. Chegando à casa do chefe, Jesus viu os tocadores de flauta e a multidão alvoroçada, e disse: ‘Retirai-vos, porque a menina não morreu, mas está dormindo.’ E começaram a caçoar dele. Quando a multidão foi afastada, Jesus entrou, tomou a menina pela mão, e ela se levantou. Essa notícia espalhou-se por toda aquela região.
Senhor, quantas situações de morte povoam minha vida neste momento… Situações que me tiram a esperança, que fazem crer que as coisas não têm mais jeito, situações que me fazem perder a esperança. Mas quero fazer como o chefe descrito na passagem, me inclinar profundamente diante de você e pedir que você coloque a sua mão sobre tudo isso, acreditando que o seu toque é capaz de trazer vida ao que parece morto. O seu toque, as palavras que você me diz na oração são capazes de me devolver a vida interior! O seu toque pode nos devolver a esperança. Seu toque pode nos fazer voltar a acreditar que tudo o que fazemos conta, que nossa contribuição é importante, que é possível ser coerente e firme nas lutas contra as injustiças.
E no decorrer da conversa Senhor, percebo que você entra na minha vida também por outras situações… Eu clamo a tua presença em situações extremas, mas percebo que, no decorrer do caminho você vê outras coisas… Coisas por meio das quais eu perco vida, mas já nem percebo mais. Hemorragias que me acompanham há tantos anos que já até me acostumei.
Mas você me diz que também nessas situações você é capaz de agir, se eu tiver coragem para deixar que você se aproxime. Eu quero Senhor, quero como a mulher hemorrágica ser curada neste instante.
Percebo que para ser curada preciso ouvir esse grito de coragem vindo da parte de Jesus. Preciso sentir que Jesus valoriza a minha fé. Algumas experiências recentes tem me feito criar certa repulsa pela fé. Tantos absurdos feitos em nome de Deus e da fé… A fé que tenho exercitado e defendido salva e cura? Ou massacra, oprime, segrega, julga? A minha fé me faz ser alguém que inclui o outro, como ele é? Ou me faz excluir, atacar, desrespeitar? A minha fé me faz construir pontes de diálogo ou muros de separação?
E de novo Jesus me chama a reconhecer que a fé é o que me salvou e me salva diariamente. Que é possível viver uma fé que é coerente e que por isso cura e salva, não só a mim, mas a muitos.
Senhor, entre na minha oração, me tome pela mão e me ajude a levantar.
Pollyanna Vieira – Família Missionária Verbum Dei – Belo Horizonte-MG