Tanformar realidades de morte em situações que geram vida (Mt 5,20-26)
12 de junho de 2014Festa da Santíssima Trindade
15 de junho de 2014Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: Ouvistes o que foi dito: ‘Não cometerás adultério’. Eu, porém, vos digo: Todo aquele que olhar para uma mulher, com o desejo de possuí-la, já cometeu adultério com ela no seu coração. Se o teu olho direito é para ti ocasião de pecado, arranca-o e joga-o para longe de ti! De fato, é melhor perder um de teus membros, do que todo o teu corpo ser jogado no inferno. Se a tua mão direita é para ti ocasião de pecado, corta-a e joga-a para longe de ti! De fato, é melhor perder um dos teus membros, do que todo o teu corpo ir para o inferno. Foi dito também: ‘Quem se divorciar de sua mulher, dê-lhe uma certidão de divórcio’. Eu, porém, vos digo: Todo aquele que se divorcia de sua mulher, a não ser por motivo de união irregular, faz com que ela se torne adúltera; e quem se casa com a mulher divorciada comete adultério.
Na oração, me ajuda perceber como Jesus vai à raiz dos problemas. Percorre toda a lei para dar-lhe significado e sentido maior e mais profundo. Vai à raiz das ações humanas. Tudo começa interiormente. Antes de fazer, pensa-se em fazer. E com isso Jesus não está dizendo que é proibido sentir. Sentir é humano. Mas o que fazemos como o que sentimos? Entendo de Jesus na oração que o problema não é sentir, mas consentir. É dar consentimento para que o que há por dentro se efetive, se torne ação.
Jesus remete a dois sentidos: visão e tato. Pela visão entra o desejo, pela tato concretiza-se a ação.
Em uma situação difícil é natural sentir raiva, ou revolta, ou inveja. Mas não é saudável deixar que esses sentimentos façam morada em nós. Como fazer para arrancá-los e jogá-los pra fora? Na oração, Jesus me faz intuir que o primeiro passo é aceitá-los, assumi-los, nomeá-los. Não querer ser perfeitinha, certinha e deixar que esses sentimentos fluam. Depois disso, reconhecer que é melhor perdê-los do que deixar que deixar que me contaminem por inteiro.
Às vezes cultivamos raivas e mágoas que só nos fazem mal. Guardamos sentimentos ruins como se fossem membros do nosso corpo, como se precisássemos deles pra viver, pra nos justificar, pra nos explicar.
Que na oração de hoje possamos nos deixar envolver pelo Amor e daí descobrir que a vida pode ser mais leve.
Pollyanna Vieira – Família Missionária Verbum Dei – BH -MG