‘Eis que nós deixamos tudo e te seguimos.’
30 de maio de 2023“Filho de Davi, tem piedade de mim!”
1 de junho de 202331 de Maio de 2023 – Visitação de Nossa Senhora
Evangelho: Lc 1, 39-56
- Leitura: O que o texto diz?
Após a Anunciação, Maria pôs-se a caminho, dirigindo-se apressuradamente à casa de Isabel e Zacarias. Sua saudação faz estremecer João Batista no ventre de sua prima, o enche do Espirito Santo e leva Isabel a profetizar. Imediatamente, Maria proclama o “Magnificat”, professando as maravilhas de Deus nela e na história do seu povo.
- Meditação: O que o texto me diz?
O anjo Gabriel anunciou a Maria que seria a mãe do Filho do Altíssimo. A reação de Maria? Ela não se isola por medo às possíveis reações contrarias (apedrejamento). Tampouco se enaltece, não espera ser tratada de forma diferente, reverenciada. Ao contrario, diante de tamanha Graça, Maria se põe a caminho para ajudar sua prima Isabel. Resposta ao Dom recebido é fazer-se serviço.
É nela que a Palavra toma carne. Essa Presença estremece aquelas pessoas que a quem ela está chamada a servir: Isabel e João Batista. Maria se torna o rosto visível da fidelidade de Deus: “feliz aquela que acreditou, porque será cumprido, o que o Senhor lhe prometeu”.
A fé de Maria é encarnada na sua vida e professada com suas palavras. Maria proclama a grandeza de Deus, sua fidelidade e sua ação redentora não só em sua vida, mas na história de Israel. Seu cântico, fortemente inspirado no Cântico de Ana (cf. 1Sm 2, 1-10), relê a história desde os olhos da fé.
É necessária muita fé para reconhecer a fidelidade, a presença e a ação de Deus no mundo. O contexto politico e social de Maria não era um reflexo automático do Maginicat. Os opressores continuavam subjugando o povo oprimido, os pobres eram marginalizados e os ricos e poderosos enaltecidos. Como Maria discerniu os sinais dos tempos? Como releu o passado e o presente à luz da sua fé e experiencia pessoal de Graça? Aquela que foi coberta com a sombra do Altíssimo aprende a escutar atentamente os movimentos do Espirito na sua vida e na história do povo. Por isso ela pode proclamar a fidelidade de Deus.
- Oração: O que o texto me faz dizer a Deus?
Qual é o Magnificat que brota no meu interior ao reler a história da minha vida à luz da fé? Como Maria, estamos chamados a deixar que a gratidão, a alegria e a fé nos leve a proclamar as maravilhas que Deus faz em nós e através de nós.
O que proclama minha alma hoje?
Proclama minha alma a Misericórdia de Deus… a Ternura de Deus
Proclama minha alma a Infinita Paciência de Deus… a Confiança radical de Deus em minha vida…
Meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, pois ele me renova cada dia, me sustenta com seu Amor, me capacita para servir, para profetizar, ….
- Contemplação: O que Deus, através do texto, faz em mim?
Reconhecer o caminho de fé e entrega que Ele vai realizando em mim me faz experimentar a alegria de quem acredita Naquele que leva sua obra até o final.
Reler minha história e os sinais dos tempos a partir da fé gera gratidão e louvor: Deus fixa o olhar nos pequenos e pequenas do mundo e eleva nossa dignidade.
Reconhecer a fidelidade de Deus com minha vida renova minha fé e meu desejo de segui-lo servindo aos meus irmãos e irmãs.
- Ação: O que o texto me impulsiona a fazer?
Eu levo em mim a Palavra feita carne, sou Morada da Trindade. Minha vida, presença também está chamada a ser o rosto de Cristo na minha realidade.
Seguindo o exemplo de Maria, o Espirito me convida a fazer da minha vida serviço àquelas pessoas que Deus coloca na minha vida. Serviço em função do Reino, que transforma nossos ambientes e traz a presença de Cristo no dia a dia.
Como Isabel e Maria, também nos convida a proclamar, professar, anunciar as maravilhas do Senhor em nós.
Sibele Gaya Moreira
Missionária da Fraternidade Missionária Verbum Dei em Belo Horizonte, MG.