Diálogo de profunda amizade (Lucas 5,1-11)
4 de setembro de 2014Senhor do sábado (Lucas 6,1-5)
6 de setembro de 2014“Eles disseram a Jesus: “Os discípulos de João, e também os discípulos dos fariseus, jejuam com frequência e fazem orações, mas os teus discípulos comem e bebem.”
Mas Jesus disse: “Vocês acham que os convidados de um casamento podem fazer jejum enquanto o noivo está com eles? Mas vão chegar dias em que o noivo será tirado do meio deles; nesses dias eles vão jejuar.”
Jesus contou-lhes ainda uma parábola: “Ninguém tira retalho de roupa nova para remendar roupa velha; senão, vai rasgar a roupa nova, e o retalho novo não combina com a roupa velha.
Ninguém coloca vinho novo em barris velhos; porque, de fato, o vinho novo arrebenta os barris velhos, e se derrama, e os barris se perdem. Vinho novo deve ser colocado em barris novos.
E ninguém, depois de beber vinho velho, deseja vinho novo, porque diz: o velho é melhor.“
Qual o sentido das práticas de piedade? Nossa religião é a religião da Vida plena, da presença do Noivo no meio de nós; é alegria, esperança, proclamação da Vitória do Crucificado-Ressuscitado. É isto o que a nossa vida transmite? Às vezes nos impomos sacrifícios sem sentido, que mais afastam as outras pessoas do que ajudam a religá-las com Deus.
Então o sacrifício perdeu totalmente o sentido? Trata-se de viver um sentimentalismo alienado da dor de tantos irmãos e irmãos crucificados ainda em nossa realidade? Claro que não! O sacrifício que faz sentido é o da luta pela vida destes irmãos. É aquela disciplina que adia a satisfação enquanto busca o que precisa ser feito. É o decorrente da vivência da missão que Deus confia a cada um, e se vem do chamado é sempre transformadora, quer atue diretamente com os excluídos, quer atue com os que geram a exclusão. No fim das contas, tudo é consequência da falta do conhecimento profundo de Deus, da experiência dO Seu amor. Por isso, evangelizar, dar a conhecê-lo, é também mudar a sociedade.
Que vinho novo o Senhor nos dá? Que roupa nova nos presenteou em nosso Batismo? E o que é vivê-los no dia a dia? Não ficar remendando em velhos esquemas mentais, em uma prática religiosa “rançosa”, que mais remete à Velha Aliança, a uma separação sagrado-profano, do que à novidade trazida por Jesus do nosso acesso direto ao Pai, tendo a Ele como único mediador! Quais remendos ainda queremos usar no velho? Como está o nosso barril para guardar o vinho novo recebido?
Vamos pedir ao Espírito, que “faz novas todas as coisas”, que nos renove inteiramente para descobrir e viver o que realmente agrada ao Pai.
Tania Pulier, comunicadora social – Palavra Acesa Editora – Família Missionária Verbum Dei e pré-CVX Cardoner