Num pulo
28 de maio de 2015Autoridade
30 de maio de 2015Leitura: Marcos 11,11-26
Entrou no Templo, em Jerusalém e, tendo observado tudo, como fosse já tarde, saiu para Betânia com os Doze. No dia seguinte, quando saíam de Betânia, teve fome. Ao ver, à distância, uma figueira coberta de folhagem, foi ver se acharia algum fruto. Mas nada encontrou senão folhas, pois não era tempo de figos. Dirigindo-se à árvore, disse: “Ninguém jamais coma do teu fruto”. E seus discípulos o ouviam. Chegaram a Jerusalém. E entrando no Templo, ele começou a expulsar os vendedores e os compradores que lá estavam: virou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas, e não permitia que ninguém carregasse objetos através do Templo. E ensinava-lhes, dizendo: “Não está escrito: Minha casa será chamada casa de oração para todos os povos? Vós, porém, fizestes dela um covil de ladrões!” Os chefes dos sacerdotes e os escribas ouviram isso e procuravam como fazê-lo perecer; eles o temiam, pois toda a multidão estava maravilhada com seu ensinamento. Ao entardecer, ele se dirigiu para fora da cidade. Passando por ali de manhã, viram a figueira seca até as raízes. Pedro se lembrou e disse-lhe: “Rabi, olha a figueira que amaldiçoaste: secou”. Jesus respondeu-lhes: “Tende fé em Deus. Em verdade vos digo, se alguém disser a esta montanha: ergue-te e lança-te ao mar, e não duvidar no coração, mas crer que o que diz se realiza, assim lhe acontecerá. Por isso vos digo: tudo quanto suplicardes e pedirdes, crede que já o recebeste, e assim será para vós. E quando estiverdes orando, se tiverdes alguma coisa contra alguém, perdoai-lhe, para que também vosso Pai que está nos ceús vos perdoe as vossas ofensas”.
Uma prece
A prece faz parte da oração. Hoje tem sido ignorada, por muitos que alegam só ter o que agradecer. Agem como se pedir fosse gesto de ingratidão. Dom Hélder Câmara ficava impressionado com a multidão que bradava “O Senhor é meu pastor e nada me falta”, mas quando se olhava de perto faltava tudo. Pedir ao Pai, se de um lado nos coloca em humildade e realça nossa pequenez, de outro é importantíssimo ato de confiança, fé e esperança.
Jesus não só nos permite pedir, como ele próprio é modelo de oração e muito se preocupa em nos ensinar a bem orar. Ressalta especialmente a necessidade de a fé ser fundamentalmente o alicerce de nossas súplicas. Devemos pedir acreditando que aquilo já está alcançado. Nisso, percebemos a grandiosidade e o poder de se acreditar, sem duvidar no coração, naquele que conhece até o número de nossos cabelos.
Mais sábio ainda que pedir aquilo de que já bem sabemos necessitar, é pedir antes para que tudo seja realizado conforme a vontade de nosso Deus, que nos conhece em perfeição, e todas as nossas carências. Em nossa prece, preocupemo-nos, como primeiro gesto, em colocar nossa história, nossos caminhos e escolhas nas mãos daquele que é Amor, e que nunca nos deixa de ouvir.
A oração de hoje seja de profunda prece. Nossa fé seja ardente ao ponto de termos absoluta certeza de que tudo aquilo que pedimos ao nosso bom Deus, de algum modo já está realizado.
Marcelo Camargos. Acadêmico de medicina na UFMG. Família Missionária Verbum Dei.