Naquele tempo: Os apóstolos reuniram-se com Jesus e contaram tudo o que haviam feito e ensinado. Ele lhes disse: ‘Vinde sozinhos para um lugar deserto, e descansai um pouco’. Havia, de fato, tanta gente chegando e saindo que não tinham tempo nem para comer. Então foram sozinhos, de barco, para um lugar deserto e afastado. Muitos os viram partir e reconheceram que eram eles. Saindo de todas as cidades, correram a pé, e chegaram lá antes deles. Ao desembarcar, Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor. Começou, pois, a ensinar-lhes muitas coisas.

Jesus percebe que os discípulos estão cansados… Leio várias vezes a passagem e imagino a cena. A princípio, me coloco no lugar dos discípulos cansados. E experimento o conforto em ouvir que alguém (Jesus) reconhece meu cansaço e me chama a ficar sozinha, tranquila em lugar deserto.

Havia muita gente chegando… Agora me coloco no lugar dos que chegam. Quem sou eu nessa multidão? Sou aquela que reconhece o cansaço dos discípulos?  Tenho visto a dificuldade do outro ou tenho olhado só pra mim mesma? Por outro lado, tenho olhado para mim mesma, tenho visto minhas limitações minhas necessidades ou somente olho para os outros, atento às necessidades dos outros?

A multidão chega antes de Jesus e os discípulos ao lugar de descanso. Deixar fluir todo sentimento que vier nesse momento. A frustração, a raiva, a tristeza, o desânimo de ver que o tão almejado descanso não poderia mais acontecer…. Mas a compaixão de Jesus era maior, superou o cansaço. Ele via a necessidade. Ovelhas sem pastor.

O que mais me chama a atenção, e o que peço nessa oração, é a flexibilidade de Jesus, é a prontidão para se desinstalar, para rever a programação. Que essa disposição possa ser o fruto da oração de hoje.

Pollyanna Vieira – Família Missionária Verbum Dei – Belo Horizonte – MG