Naquele tempo: Jesus dizia:  ‘A que é semelhante o Reino de Deus, e com que poderei compará-lo? Ele é como a semente de mostarda, que um homem pega e atira no seu jardim. A semente cresce, torna-se uma grande árvore, e as aves do céu fazem ninhos nos seus ramos.’  Jesus disse ainda: ‘Com que poderei ainda comparar o Reino de Deus? Ele é como o fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado.’

Jesus tenta encontrar palavras que possam descrever o Reino de Deus. E as parábolas que conta revelam a natureza do Reino. Simplicidade. Começa no pequeno e atinge grandes proporções. A menor de todas as sementes que é capaz de germinar e se tornar uma imensa árvore. Revela a natureza contaminante do Reino: o fermento que leveda toda a massa.

Orando com essa passagem percebi como eu tenho sede do Reino em todos os ambientes em que estou. No ambiente de trabalho, de estudo, da família, da Comunidade de fé. Como anseio que cheguem a paz, a justiça, a igualdade. Mas muitas vezes acho que para que cheguem essas coisas EU tenho que ter tudo resolvido, EU tenho que fazer tudo.

Todas as outras vezes que lia essa passagem eu experimentava que Deus me chamava a ser fermento na massa. Mas hoje sinto que o chamado é outro: Ser a mulher que pega o fermento e o mistura com as três porções de farinha.  A primeira leitura (Rm 8, 15-25) nos diz: A criação aguarda a manifestação dos filhos de Deus. Comecei a entender que eu não posso fazer tudo, mas posso fazer alguma coisa. Como filha de Deus, posso e devo me manifestar. ALGUÉM tem que misturar o fermento.

E essa mesma mulher acredita que o fermento é capaz de levedar toda a massa. Faz a parte dela e sabe esperar e confiar que o fermento faça a parte dele.

Que a oração de hoje nos leve a fazer a nossa parte. A acreditar que o Reino começa no pequeno, com o que eu nem acredito que possa gerar algum resultado. Com a semente que, de tão pequena, eu duvido que vá germinar.

Pollyanna Viera – Família Missionária Verbum Dei