Naquele tempo: Jesus atravessava cidades e povoados, ensinando e prosseguindo o caminho para Jerusalém. Alguém lhe perguntou: ‘Senhor, é verdade que são poucos os que se salvam?’ Jesus respondeu: ‘Fazei todo esforço possível para entrar pela porta estreita. Porque eu vos digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão. Uma vez que o dono da casa se levantar e fechar a porta, vós, do lado de fora, começareis a bater, dizendo: `Senhor, abre-nos a porta!’ Ele responderá: `Não sei de onde sois.’ Então começareis a dizer: `Nós comemos e bebemos diante de ti, e tu ensinaste em nossas praças!’ Ele, porém, responderá: `Não sei de onde sois. Afastai-vos de mim todos vós que praticais a injustiça!’ Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão, Isaac e Jacó, junto com todos os profetas no Reino de Deus, e vós, porém, sendo lançados fora. Virão homens do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e tomarão lugar à mesa no Reino de Deus. E assim há últimos que serão primeiros, e primeiros que serão últimos.’

Para refletir…

À pergunta do discípulo, preocupado com o rumor segundo o qual poucos se salvariam, Jesus dá resposta despreocupada com a quantidade, mas atento a que cada qual se salve: “Fazei todo esforço possível para entrar pela porta estreita”.

Salvar-se é ter vida em abundância (Jo, 10, 10). Salvar-se é ter alegria plena (Jo 15, 11).

Para viver, há várias portas e caminhos. Para alegrar-se, também são inúmeras as opções. No entanto, Jesus não nos propõe vida tão somente; tampouco nos oferece mera alegria. A sua mensagem é atinente a uma vida plena, a uma alegria verdadeira. Para essas, Ele afirma ser estreita a porta; e a estreiteza requer esforço.

Quais são os caminhos que me dão alegria? Quais são as portas que me fazem sentir que vivo a vida? São alegrias que não passam? É vida plena? Ando por caminhos largos ou estreitos?

Que a oração de hoje nos dê discernimento para descobrir quais portas levam a quais cômodos e quais caminhos levam a quais paisagens. Além disso, que ela nos dê forças para querer as paragens mais agradáveis e perenes, mesmo que reclamem nosso maior esforço.

João Gustavo Henriques de Morais Fonseca – Família Missionária Verbum Dei