XXVI Domingo do Tempo Comum – Ano C
25 de setembro de 2016Amar sem cessar
27 de setembro de 2016Leitura: Lucas 9,46-50
Os discípulos começaram a conversar sobre qual deles era o mais importante. Mas Jesus sabia o que eles estavam pensando. Então pegou uma criança e a pôs ao seu lado. Aí disse:
— Aquele que, por ser meu seguidor, receber esta criança estará recebendo a mim; e quem me receber estará recebendo aquele que me enviou. Pois aquele que é o mais humilde entre vocês, esse é que é o mais importante.
João disse:
— Mestre, vimos um homem que expulsa demônios pelo poder do nome do senhor, mas nós o proibimos de fazer isso porque ele não é do nosso grupo.
Então Jesus disse a João e aos outros discípulos:
— Não o proíbam, pois quem não é contra vocês é a favor de vocês.
Oração: Sobre a humildade
O evangelho de hoje nos fala de uma característica que deve marcar qualquer um que se disponha a imitar Jesus: a simplicidade de coração, a humildade. A primeira parte dele nos traz uma discussão dos discípulos, que discutiam sobre qual deles seria o mais importante. A segunda parte nos deixa uma lição sobre o seguimento de Cristo, que nunca deve ser excludente.
A humildade é a grandeza daquele que é maior no Reino de Deus. Mais importante é aquele que se dispõe a acolher um dos pequenos, aqui representados na pequenez das crianças. Quando Jesus fala da necessidade de se receber aquele que é pequeno, certamente não quer dizer apenas do gesto de dar uma bala ou um chocolate a uma criança. Então, cabe aqui a primeira pergunta que deve guiar nossa oração de hoje: qual sentido Jesus dá para receber, acolher, um dos pequenos? E aí, para conseguirmos cumprir aquilo que Jesus nos impõe como condição para sermos grandes a seus olhos, é preciso que nos perguntemos sobre o núcleo de seu ensinamento: afinal de contas, quem são as crianças, os pequenos, que precisamos receber, acolher, neste mundo hoje? Por fim, a questão que deve ser pensada para que sejamos mais pragmáticos: o que podemos fazer para recebermos estes pequenos hoje?
Vimos que os discípulos repreendiam aqueles que, apesar de agirem da forma como Jesus queria, não pertenciam ao grupo deles. E Jesus diz que de forma alguma o grupo deveria ser fechado. É uma lição valiosa que deve nortear nosso comportamento como Igreja. Pensando na Igreja como o grupo de Jesus, muitas vezes há uma tendência de ela se fechar como se o fim fosse ela mesma, esquecendo que Jesus é o centro de todas as coisas – é a cabeça do grupo, e o que dá razão para o corpo. Portanto, Jesus vem lembrar que aquele que vive conforme a Palavra Dele de forma alguma pode ser excluído, mas deve ser contado como acréscimo ao povo de Deus.
Rezemos hoje para que Jesus nos ajude a sermos humilde como Ele, capazes de receber os pequenos deste mundo. Rezemos também para que nossa Igreja seja humilde, capaz de receber aqueles que não pertencem ao grupo, mas que também buscam o seguimento de Jesus.
Marcelo H. Camargos – Família Missionária Verbum Dei de Belo Horizonte/MG