13º Domingo do Tempo Comum – Ano B
28 de junho de 2015A opção do amor supõe escolhas reais (Mateus 8, 18-22)
29 de junho de 2015“Certo dia, vendo-se no meio de grande multidão, ordenou Jesus que o levassem para a outra margem do lago. Nisto aproximou-se dele um escriba e lhe disse: “Mestre, seguir-te-ei para onde quer que fores”. Respondeu Jesus: “As raposas têm suas tocas e as aves do céu, seus ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça”. Outra vez um dos seus discípulos lhe disse: “Senhor, deixa-me ir primeiro enterrar meu pai”. Jesus, porém, lhe respondeu: “Segue-me e deixa que os mortos enterrem seus mortos”.
O convite da oração de hoje é o seguimento a Jesus através da nossa vida, Jesus como sempre no meio do povo realizando sua missão de buscar e salvar. Diante dele dois homens um Escriba querendo seguir a Jesus e um dos seus discípulos querendo postergar…
O seguimento a Jesus deve ser uma ação para hoje, sem enrolações! Normalmente nós seres humanos, conscientes ou inconscientes, queremos ter todas as vantagens do reino, mas nenhum dever… Buscamos sempre mais bônus e não queremos nenhum ônus… Queremos colher onde não plantamos… Veja o Escriba (Doutores e mestres (MT 22,35; LC, 17), ou seja, homens especializados no estudo e na explicação da lei). Veja o seu discurso: “Mestre, seguir-te-ei para onde quer que fores”… Será? Os escribas usavam as leis para manipular o povo, sempre em beneficio próprio, eu imagino que o seu desejo em seguir a Jesus não passava de uma estratégia para atingir um número maior de pessoas para beneficiar-se… Vejam bem estes homens, doutores e mestres da lei, não deveriam saber quais as necessidades básicas do ser humano?
Não deveria usar os seus conhecimentos e sua influencia para melhorar a vida das pessoas?
Eles eram contra os ensinamentos de Jesus. O Discípulo (O que recebe disciplina ou instrução de outro), apesar de estar com Jesus, receber seus ensinamentos através de suas palavras, gestos e obras, também tem o desejo de segui-lo; mas é recorrente no apego; “Senhor, deixa-me ir primeiro enterrar meu pai”. Veja que Jesus não pega leve com nenhum dos dois, deixou claro aos dois os desafios da escolha.
E nós como utilizamos os nossos conhecimentos? No momento de testemunhar a minha opção pelo reino, como é o meu testemunho? Penso que o nosso maior desafio é assumir nossa “pequenez”, que não podemos segui-lo com o que temos e somos que precisamos transcender a nós mesmos… O seguimento a Jesus requer renúncias, perdão (a nós mesmos e aos outros), muita responsabilidade e coragem… Ele não promete vida fácil a ninguém!!! Muito antes pelo contrário; Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sedes prudentes como as serpentes e inofensivos como as pombas (MT 10, 16). Só assumindo nossa vida nas plataformas física, psíquico, emocional e material, de todo o nosso coração, com toda a nossa alma, com todo nosso entendimento e com toda a nossa força seremos capazes de encontrar em nós a semelhança que nos constitui, sem mascaras… Ele nos chama a partir a nossa vida para que os outros possam ver nossa vida entregue a ele…
Peçamos a Maria nossa mãe, que nos ajude a deixar que o reino atue em nós e não nos deixe cair na tentação de colocar a nossa esperança nas coisas.
Agostinho Augusto – Família Missionária Verbum Dei – BH – MG