Abertura à surpreendente manifestação de Deus
21 de novembro de 2018Raiva sem pecado (Lc 19,45-48)
23 de novembro de 2018Evangelho: Lucas 19,41-44
“Quando Jesus chegou perto de Jerusalém e viu a cidade, chorou com pena dela e disse:
— Ah! Jerusalém! Se hoje mesmo você soubesse o que é preciso para conseguir a paz! Mas agora você não pode ver isso. Pois chegarão os dias em que os inimigos vão cercá-la com rampas de ataque, e vão rodeá-la, e apertá-la de todos os lados. Eles destruirão completamente você e todos os seus moradores. Não ficará uma pedra em cima da outra, porque você não reconheceu o tempo em que Deus veio para salvá-la”.
Reflexão:
Na oração de hoje, vamos pedir a graça de olhar com os olhos de Jesus, e perceber os caminhos da paz que só Ele conduz.
Quando o Evangelho de Lucas foi escrito, Jerusalém já havia sido destruída, o que ocorreu por volta dos anos 70 d.C. Sendo assim, este trecho não é uma previsão de futuro, mas a leitura de um acontecimento com o olhar da fé. Coloquemo-nos no lugar de quem vivenciou a destruição da Cidade santa. Ver as ruínas, os escombros do templo destruído, nada mais dos antigos rituais e festas. Não ficou uma pedra sobre a outra. Que sentimentos e questões surgem nesta contemplação?
Podemos aproximar da nossa realidade também. Ver situações sociais de degradação no nosso meio; vidas e famílias destruídas por tantos fatos, pelo ataque de “inimigos”! Ver na nossa história pessoal momentos assim, relações ou circunstâncias em que parece não sobrar coisa alguma!
O que brota no nosso coração diante disso? Talvez “por que?”; “quem fez tudo isso?”; “como cheguei neste ponto?”; “que sinais não percebi?” Ou outras questões. Colocá-las no diálogo com o Senhor.
E Ele? O que vê? Como vê? O que sente? Perguntar-lhe.
“Quando Jesus chegou perto de Jerusalém e viu a cidade, chorou com pena dela”. Unir-nos a essa compaixão de Jesus, senti-la, deixar-nos tocar por ela. E, a partir dela, ouvir Suas palavras: “você não reconheceu o tempo em que Deus veio para salvá-la”.
– O que não tenho/não temos reconhecido, Senhor? O que deixei de mudar/viver diferente por este não reconhecimento?
Deixar que o Seu lamento nos dê pistas do caminho a seguir. “Ah! Jerusalém! Se hoje mesmo você soubesse o que é preciso para conseguir a paz!” Jesus, faça-me ver o que não tenho sido capaz de enxergar!
Tania Pulier, esteticista da alma, membro da CVX Cardoner e da Família Missionária Verbum Dei