Como está nossa fé?
24 de julho de 2017Felicidade de geração em geração (Mateus 13, 16-17)
26 de julho de 2017Leitura: Mateus 20, 20-28
Então a mãe dos filhos de Zebedeu chegou com os seus filhos perto de Jesus, curvou-se e pediu a ele um favor.
— O que é que você quer? — perguntou Jesus.
Ela respondeu:
— Prometa que, quando o senhor se tornar Rei, estes meus dois filhos sentarão à sua direita e à sua esquerda.
Jesus disse aos dois filhos dela:
— Vocês não sabem o que estão pedindo. Por acaso vocês podem beber o cálice que eu vou beber?
— Podemos! — responderam eles.
Então Jesus disse:
— De fato, vocês beberão o cálice que eu vou beber, mas eu não tenho o direito de escolher quem vai sentar à minha direita e à minha esquerda. Pois foi o meu Pai quem preparou esses lugares e ele os dará a quem quiser.
Quando os outros dez discípulos ouviram isso, ficaram zangados com os dois irmãos. Então Jesus chamou todos para perto de si e disse:
— Como vocês sabem, os governadores dos povos pagãos têm autoridade sobre eles, e os poderosos mandam neles. Mas entre vocês não pode ser assim. Pelo contrário, quem quiser ser importante, que sirva os outros, e quem quiser ser o primeiro, que seja o escravo de vocês. Porque até o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para salvar muita gente.
Oração:
Hoje Mateus nos apresenta um desses diálogos reveladores do desentendimento entre Jesus e aqueles que o seguem. Embora caminhe com eles, coma com eles, durma com eles, após tanto tempo, Jesus ainda não é plenamente compreendido.
Conversa-se, no grupo, sobre o Reino. A mãe de dois discípulos se aproxima daquele que será o líder do Reino para pedir que seus filhos tenham lugar privilegiado naquele governo. Jesus percebe o abismo entre aquilo que o Pai lhe inspira e a ideia que os seus amigos, mesmo os mais próximos, têm do Reino.
Nesse momento da oração, posso pedir ao Espírito que me dê luz para perceber o que é a vontade da Trindade para mim e o que é construção que eu faço, para discernir o que é criação d’Eles e o que é invenção minha. Nem sempre o que eu entendo e vejo é o que Deus deseja me fazer ver. Convém, portanto, na oração, pedir ao Espírito: “Dê-me sua luz. Dê-me sabedoria. Dê-me entendimento. Não me deixe confundir. Não me deixe tomar por divina a minha vontade. Ajude-me a ter escuta melhor que a dos filhos de Zebedeu”.
Olho novamente a cena e percebo que o pedido da mãe daqueles discípulos gerou uma confusão entre os membros do grupo, pois também os outros pensavam que o Reino que Jesus anunciava muito se assemelhava aos outros governos do mundo. Jesus então explica que o Reino que ele anuncia é muito diferente. O maior é aquele que serve. O mais importante está a serviço dos outros.
Nesse segundo momento da oração, olho para dentro para me perguntar: como é que eu vejo o Reino? Eu sei que Jesus fala do serviço, mas, no dia a dia, consigo viver isso que sei ou me guio segundo o padrão de importância do mundo? Meu seguimento traduz-se em serviço ou me coloco no trabalho, na família, nas relações, nas comunidades e paróquias para ser servido?
Peçamos ao Espírito a coragem e a força para viver e incentivar as ideias e comportamentos condizentes com o Reino! Encerremos a oração cantando com o servo de Assis: “Ó Mestre, fazei que eu procure mais… consolar que ser consolado… compreender que ser compreendido… amar que ser amado… pois é dando que se recebe… é perdoando que se é perdoado… e é morrendo que se vive para a vida eterna”.
João Gustavo H. M. Fonseca, Família Verbum Dei de Belo Horizonte