Converta-se!
20 de junho de 2016O que será que ele vai ser? (Lucas 1,57-66)
24 de junho de 2016Leitura: Mateus 7, 15-20
Naquele tempo, Jesus disse:
— Cuidado com os falsos profetas! Eles chegam disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos selvagens. Vocês os conhecerão pelo que eles fazem. Os espinheiros não dão uvas, e os pés de urtiga não dão figos. Assim, toda árvore boa dá frutas boas, e a árvore que não presta dá frutas ruins. A árvore boa não pode dar frutas ruins, e a árvore que não presta não pode dar frutas boas. Toda árvore que não dá frutas boas é cortada e jogada no fogo. Portanto, vocês conhecerão os falsos profetas pelas coisas que eles fazem.
Oração:
Mateus nos conta que Jesus sentou-se para ensinar (Mt 5, 1). Do alto do monte, Ele é a imagem do Pai, que vê cada filho seu e quer sentar-se ao seu lado para instruir. Há um desejo forte de que cada filho encontre a felicidade sem cair nas armadilhas que se armam pelo caminho, que sempre atrasam o percorrer da trilha.
Entre os ensinamentos, Jesus se refere aos falsos profetas. Uma é a aparência – ovelha –, outra é a essência – lobo. Jesus alertou porque não desejava que aqueles que o seguiam confundissem os que são parte do povo de Deus com aqueles que, no fundo, querem viver à custa desse povo. De fato, mais adiante o mesmo evangelista vai nos contar que a enganação e exploração que se promove às custas do nome de Deus é das coisas que mais irritaram Jesus (Mt 21, 12-13).
O alerta de Jesus é atual. Com maior ou menor facilidade, conseguimos reconhecer, também hoje, vários lobos. Uns mal conseguem esconder sua essência, outros têm melhor capacidade de disfarçar. Para todos eles, a receita de Jesus é o olhar sobre os frutos. Quem está com Deus ama, é alegre, promove a paz, é fiel, manso, não violento (Gl 5, 22-23). Os que exploram a fragilidade alheia, os que desinformam, os que desejam segregar, guerrear e matar são contra o Reino.
Atentos para não nos enganarmos com os profetas de fora, podemos voltar também para dentro nosso olhar. Em qual medida consigo ser a ovelha – e não o lobo – em meus relacionamentos, ambientes de estudo e trabalho, comunidade ou paróquia? Consigo viver segundo meu discurso de amor? Vivo para ser alegre e fazer alegre conforme a Palavra que anuncio? Minhas teorias, crenças e ideias são caminho para a paz que almejo espiritualmente? Os frutos da minha vida são os do Espírito?
A oração com a Palavra nos ajude a responder sempre mais sim que não a essas perguntas.
João Gustavo H. M. Fonseca – Família Verbum Dei de Belo Horizonte