Naqueles dias, como fosse novamente numerosa a multidão, e não tivessem o que comer, Jesus convocou os discípulos e lhes disse: “Tenho compaixão deste povo. Já há três dias perseveram comigo e não têm o que comer. Se os despedir em jejum para suas casas, desfalecerão no caminho; e alguns deles vieram de longe!” Seus discípulos responderam-lhe: “Como poderá alguém fartá-los de pão aqui no deserto?” Mas ele perguntou-lhes: “Quantos pães tendes?” “Sete”, responderam. Mandou então que o povo se assentasse no chão. Tomando os sete pães, deu graças, partiu-os e entregou-os a seus discípulos, para que os distribuíssem e eles os distribuíram ao povo. Tinham também alguns peixinhos. Ele os abençoou e mandou também distribuí-los. Comeram e ficaram fartos, e dos pedaços que sobraram levantaram sete cestos. Ora, os que comeram eram cerca de quatro mil pessoas. Em seguida, Jesus os despediu. E embarcando depois com seus discípulos, foi para o território de Dalmanuta. 

DICAS PARA ORAÇÃO:

– Ler a passagem e a meditação abaixo pausadamente.

– Grifar, salientar ou escrever o que mais me chamou atenção.

– Repetir os trechos que me chamaram atenção e deixar que Deus vá colocando em meu coração os motivos: Por que me chamou atenção? Que tem isso a ver com o que estou vivendo neste momento? O que Deus me diz com essas palavras?

– Ter a certeza de que a Palavra de Deus é o próprio Deus que nos fala!

– Ao anotar a oração, podemos destacar as frases que vamos entendendo de Deus em nosso coração.

Bom dia, Senhor. Obrigada por mais uma vez me chamar à oração.

Quando você diz na passagem Tenho compaixão deste povo, me admira ver como você nunca se cansa. Eu muitas vezes me sinto cansada das necessidades dos outros, das dores dos outros. Que vontade de despedir as multidões! E você tinha todo o direito de fazê-lo. Já tinha dado tudo, feito milagres, curado doentes…

 Filha, talvez o cansaço venha da sua identificação. Pode ser que muitas vezes você sinta compaixão das realidades que vê, e daí vem o cansaço. O importante é não se deixar sucumbir pelo cansaço e continuar sensível às realidades, suas e dos demais. Te pergunto: Quantos pães tendes?

Jesus, às vezes sinto que já entreguei meus sete pães! Sinto que também já dei os meus peixinhos! Mas percebo que a necessidade ainda está. Você tinha diante de si o impossível: sete pães e alguns peixes para alimentar quatro mil! Como fez para achar uma saída?

Filha, o que fiz foi sugerir um gesto de partilha. Percebo que você quer obrigar o outro para que também entregue seus pães e peixes. Muitas vezes, você deseja controlar o que o outro faz com os pães e peixes que recebeu. É verdade que a solidariedade e a doação já são, em si, um milagre. Mas devem ser espontâneos e desinteressados.

Senhor, obrigada por, neste momento, me permitir sentir a dor e a pobreza. A compaixão e a impotência. Obrigada por poder assumir diante de você todos os meus sentimentos. Estou disposta a confessar o que tenho, o que não tenho e o que gostaria de ter. Me ajude a acreditar que meus gestos podem ser o ponto de partida para que você realize o milagre.

Pollyanna Vieira – Família Missionária Verbum Dei – Belo Horizonte – MG