“O Senhor é a minha rocha, a minha fortaleza e o meu libertador. O meu Deus é uma rocha em que me escondo.”
29 de outubro de 2017“É como uma semente de mostarda”
31 de outubro de 2017Evangelho – Lc 13,10-17
10Certo sábado, Jesus estava ensinando numa sinagoga. 11E chegou ali uma mulher que fazia dezoito anos que estava doente, por causa de um espírito mau. Ela andava encurvada e não conseguia se endireitar. 12Quando Jesus a viu, ele a chamou e disse:
— Mulher, você está curada.
13Aí pôs as mãos sobre ela, e ela logo se endireitou e começou a louvar a Deus. 14Mas o chefe da sinagoga ficou zangado porque Jesus havia feito uma cura no sábado. Por isso disse ao povo:
— Há seis dias para trabalhar. Pois venham nesses dias para serem curados, mas, no sábado, não!
15Então o Senhor respondeu:
— Hipócritas! No sábado, qualquer um de vocês vai à estrebaria e desamarra o seu boi ou o seu jumento a fim de levá-lo para beber água. 16E agora está aqui uma descendente de Abraão que Satanás prendeu durante dezoito anos. Por que é que no sábado ela não devia ficar livre dessa doença?
17Os inimigos de Jesus ficaram envergonhados com essa resposta, mas toda a multidão ficou alegre com as coisas maravilhosas que ele fazia.
Bom dia, Trindade Santa e amigos. Na presença amiga de Deus, iniciemos nossa oração e nossa semana. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!
Quando é o momento?
Novamente, nós nos deparamos com os ensinamentos de Jesus acerca das ações praticadas por Ele no sábado e questionadas por aqueles que estavam preocupados em seguir rigidamente as regras.
Jesus não se posiciona contra as regras exatamente, mas contra a inflexibilidade de quem o acusava. Ele questiona o endurecimento do coração a tal ponto de a pessoa deixar de praticar o bem porque não seria o momento oportuno.
Gostaria que refletíssemos ao longo dessa semana sobre a pergunta: Qual o momento oportuno? Qual o momento certo para fazer aquilo de que nós necessitamos ou mesmo aquilo de que o outro necessita? Não se trata aqui de dizer que não dá para adiar ações, de fazer tudo o que pudermos hoje. Trata-se de ter o discernimento para saber quando praticar determinadas ações.
Jesus demonstra que a prática do bem nem sempre pode esperar, pois a situação na qual o outro se encontra exige ação rápida, ou imediata.
No evangelho, a situação de urgência experimentada pela mulher possuída pelo mal fez com que Jesus não adiasse sua cura. Há situações que nos gritam por ação e, diante delas, nossa omissão pode ser irremediável. A coragem de quebrar protocolos, sair de rotina pré-estabelecida e flexibilizar parâmetros é o que precisamos cultivar, nesse sentido. E, acima de tudo, precisamos sintonizar nosso coração com a bondade de Jesus para sentirmos essas situações quando elas se manifestam diante de nós. Algumas delas são escancaradas, mas há outras que não – aquelas que necessitam que eu tenha sensibilidade para perceber.
Muitas vezes, não há um pedido de ajuda explícito ou o bem precisa que saibamos o momento certo de agir. Afoitos em ajudar, acabamos não praticando as ações como deveríamos. Lentos em responder aos chamados, perdemos o tempo da prática do bem. Isso acontece porque nem sempre nosso coração está sintonizado verdadeiramente com a real necessidade do outro.
Jesus, qual o bem que hoje me é solicitado? O que o meu próximo demanda de mim hoje verdadeiramente? Peço-lhe hoje, Jesus, que eu possa ter um coração intuitivo, de modo a saber quando minhas ações são importantes, quando minha ajuda é necessária. Que eu saiba discernir sobre o momento de agir. Que eu saiba o que precisa que eu espere e o que precisa de minha ação imediata.
Amém!
Ana Paula Ferreira – Família Missionária Verbum Dei – Belo horizonte