Nos visitará o sol que nasce do alto! (Lc 1, 67-79)
24 de dezembro de 2018“Deus dará a vocês o que devem falar.” (Mt,10, 17-22)
26 de dezembro de 2018Leitura: Lucas 2, 1-14
Naquele tempo o imperador Augusto mandou uma ordem para todos os povos do Império. Todas as pessoas deviam se registrar a fim de ser feita uma contagem da população. Quando foi feito esse primeiro recenseamento, Cirênio era governador da Síria. Então todos foram se registrar, cada um na sua própria cidade.
Por isso José foi de Nazaré, na Galileia, para a região da Judeia, a uma cidade chamada Belém, onde tinha nascido o rei Davi. José foi registrar-se lá porque era descendente de Davi. Levou consigo Maria, com quem tinha casamento contratado. Ela estava grávida, e aconteceu que, enquanto se achavam em Belém, chegou o tempo de a criança nascer. Então Maria deu à luz o seu primeiro filho. Enrolou o menino em panos e o deitou numa manjedoura, pois não havia lugar para eles na pensão.
Naquela região havia pastores que estavam passando a noite nos campos, tomando conta dos rebanhos de ovelhas. Então um anjo do Senhor apareceu, e a luz gloriosa do Senhor brilhou por cima dos pastores. Eles ficaram com muito medo, mas o anjo disse:
— Não tenham medo! Estou aqui a fim de trazer uma boa notícia para vocês, e ela será motivo de grande alegria também para todo o povo! Hoje mesmo, na cidade de Davi, nasceu o Salvador de vocês — o Messias, o Senhor! Esta será a prova: vocês encontrarão uma criancinha enrolada em panos e deitada numa manjedoura.
No mesmo instante apareceu junto com o anjo uma multidão de outros anjos, como se fosse um exército celestial. Eles cantavam hinos de louvor a Deus, dizendo:
— Glória a Deus nas maiores alturas do céu! E paz na terra para as pessoas a quem ele quer bem!
Oração:
Após longo período de preparação, chegamos ao natal. Hoje a Igreja celebra o nascimento do Filho. Hoje fazemos memória de fato basilar da nossa fé: Deus quis viver conosco e encarnou-se.
Olhar para as cenas que o evangelista oferta ajuda a perceber, acima de tudo, quem o Filho é. Jesus é carregado no ventre de sua mãe porque ela e seu pai submetem-se à lei romana. Jesus, na hora de nascer, não pôde receber cuidados extraordinários. Quando nasce, o Filho é envolto em faixas e posto numa manjedoura. A poesia dos cantos natalinos e a beleza litúrgica não nos devem distrair: o Filho nasceu pobre, sem lugar especial que se lhe desse, sem privilégios.
Contemplemos a absurdidade do natal: o Filho nasce fora de casa e não há lugar para que seja acolhido com pompa. Tentemos perceber os sentimentos de Maria e de José: ambos haviam ouvido de Deus que aquele menino seria decisivo para seu povo… que terão sentido quando perceberam que ele nasceria fora de Nazaré? O que sentem quando veem que não há lugar adequado para colocar a criança? O que está no coração de Maria e de José?
Podemos imaginar o que está no coração deles, mas devemos sobretudo tentar ver o que está em nosso coração: que sinto quando entendo que Deus prescinde dos privilégios, do conforto, da riqueza, da certeza de ser bem cuidado? Que digo eu – com palavras, atos e omissões – da evidente e incontornável opção que Deus fez pela simplicidade, pela fragilidade, pela pequenez, pela pobreza?
Olhando para a opção de Deus, vejamos a liberdade que temos de fazer a nossa escolha. Peçamos ao menino deitado na manjedoura que seu olhar nos convença de que a vida que o Pai deseja para nós dispensa ostentação e requer apenas o amor. Que o menino deitado na manjedoura sorria para nós e essa seja nossa alegria para sempre.
Despedida
Queridas leitoras e queridos leitores,
A atual equipe que escreve as orações deste site encerra neste mês suas atividades de evangelização por aqui. Dessa forma, uma vez que o texto de hoje é o último que posto, gostaria de aproveitar a oportunidade para me despedir de vocês, que nos acompanharam até agora. Eu não os conheço pessoalmente, mas temos experimentado a união que a fé e a oração promovem e isso me fez feliz desde 2014. Mesmo que não tenhamos mais contato por esse meio, seguiremos unidos pela oração e pelo propósito de construir o Reino onde quer que estejamos. Desejo a cada um e cada uma de vocês um natal feliz, um ano novo alegre e a vida toda cheia da presença da Trindade e do afago de Maria. Que Eles nos abençoem!
Um abraço fraterno,
João Gustavo H. M. Fonseca, Família Verbum Dei de Belo Horizonte