O Evangelho de hoje nos apresenta dois grupos de pessoas, que na verdade são dois tipos de reação diante do ensinamento de Jesus:

– as que “olham e não veem, ouvem e não escutam nem compreendem.”

– e as que “são felizes, porque seus olhos veem e seus ouvidos ouvem.”

Experimentar a felicidade desta comunhão profunda com Jesus é de fato uma grande graça, como Ele mesmo nos diz: “Eu garanto a vocês: muitos profetas e justos desejaram ver o que vocês estão vendo, e não puderam ver; desejaram ouvir o que vocês estão ouvindo, e não puderam ouvir.”

Longe de ser, no entanto, uma questão de destino, há uma atitude do coração, uma opção de acolhida ou rejeição responsável pelo resultado: “Porque o coração desse povo se tornou insensível. Eles são duros de ouvido e fecharam os olhos, para não ver com os olhos, e não ouvir com os ouvidos, não compreender com o coração e não se converter. Assim eles não podem ser curados.”

Diante da graça ofertada por Deus está a nossa liberdade. Ela é concreta, atua nas pequenas acolhidas ou rejeições ao amor no dia a dia, que vão constituindo o coração de carne ou o coração de pedra. O que o coração vai se tornando facilita ou dificulta as próximas acolhidas, até o ponto da cegueira ou da visão, averiguada na vida, e atestada no fruto da felicidade – ou na ausência dele.

Como tem sido meu relacionamento com Deus no cotidiano? Sinto-me numa fase de sensibilidade espiritual, na qual consigo encontrar a Deus em todas as coisas, ou experimento-me fechando os olhos ao que Ele quer me mostrar?

Tania Pulier  – Comunicadora Social – Palavra Acesa Editora – Família Missionária Verbum Dei – FamVD