Buscai primeiro o Reino de Deus…
19 de junho de 2021Não julgueis e não sereis julgados!
21 de junho de 2021Domingo, 20/06:
12º DOMINGO DO TEMPO COMUM
Mc 4,35-41
Leitura:
Procure ler o texto lentamente, atento a cada palavra e expressão. Guarde o trecho que mais lhe chamar a atenção.
Jesus e seus discípulos, de barco, vão para a outra margem. O caminho parece tranquilo, até que uma forte tempestade vem sobre eles. Os discípulos de Jesus entram em desespero, enquanto Jesus dorme, tranquilo, no fundo da embarcação. Seus discípulos o acordam, desesperados, mas ele repreende a tempestade, fazendo com que ela se acalme. A repreensão também se dirige aos discípulos, que agem como pessoas sem fé. Ao final do relato, os discípulos estão em dúvida sobre quem é Jesus e como ele detém tamanho poder.
Meditação:
O que o texto diz para mim, hoje, a partir da situação pela qual tenho passado (minhas alegrias, tristezas, desafios, conquistas)?
O Evangelho de Marcos tem o objetivo de demonstrar quem é Jesus. Neste trecho que hoje lemos, os discípulos parecem não entenderem bem quem ele é. Os discípulos enfrentam uma situação corriqueira dentro deu uma embarcação: precisam lidar com a ameaça de uma forte tempestade. Isso é comum para quem costuma viajar de barco. O incomum é que Jesus, o Filho de Deus, também estava naquela embarcação. O que se poderia esperar é que os discípulos ficassem tranquilos por esse motivo, uma vez que com eles estava o próprio Filho de Deus, Senhor de todo o mundo, inclusive das forças cósmicas. No entanto, os discípulos o acordam desesperados, e não como quem foi pedir ajuda, mas como quem foi repreender Jesus: estamos perecendo e não te importas? Jesus faz o necessário primeiro: acalma a tempestade para que eles não pereçam, de fato. Depois faz o que é importante: repreende os discípulos por sua falta de confiança. O problema talvez não tenha sido o medo da tempestade, mas a coragem de acusar Jesus de não se importar. Vale pensar, nas tempestades de nossa vida, em quantas e quantas vezes tivemos a audácia de pensar que o Senhor não estava se importando com nossos sofrimentos e angústias. Será que Ele, eterno em misericórdia, alguma vez deixou de se importar conosco?
Oração:
A partir da Palavra meditada, apresente ao Senhor a gratidão de seu coração e também seus pedidos.
Senhor, quero te agradecer porque sei e confio que tu estás atento a toda e qualquer necessidade que acomete o barco de minha vida… agradeço porque sei que o Senhor está atento às minhas angústias, sensível aos meus riscos e também porque sei que nenhuma tempestade e nenhum naufrágio acontecem sem que façam algum sentido nos planos que Tu tens para mim. Peço-te que me ajude a ser cada vez mais consciente disso e nunca duvide de tua atenção, mas confie sempre mais em teu amparo…
Contemplação:
A palavra meditada precisa também tornar-se ação. Como viver o que meditamos em nossa vida? Pense em ações concretas que possam surgir da meditação do dia de hoje.
Vamos pensar em quantas vezes e em quais situações temos sido incrédulos e demoramos a confiar na ação e na proteção do Senhor. A partir da meditação de hoje, vamos nos esforçar para que sejamos cada vez mais confiantes de que o Senhor está conosco em nosso barco, e é por isso que temos capacidade e força suficientes para superar cada tribulação.
Mariana Aparecida Venâncio (Juiz de Fora – MG) – Leiga, Teóloga, especialista em Sagrada Escritura, mestra em Literatura Brasileira e doutoranda em Estudos Literários (UFJF). Oferece cursos bíblicos online. Informações: marianaavenancio@gmail.com