As minhas palavras não desaparecerão (Lucas 21,29-33)
29 de novembro de 2013Mateus 8, 5-11
2 de dezembro de 2013“Tomem cuidado para que os corações de vocês não fiquem insensíveis por causa da gula, da embriaguez e das preocupações da vida, e esse dia não caia de repente sobre vocês. Pois esse dia cairá, como armadilha, sobre todos aqueles que habitam a face de toda a terra. Fiquem atentos, e rezem todo o tempo, a fim de terem força para escapar de tudo o que deve acontecer, e para ficarem de pé diante do Filho do Homem.”
Jesus nos oferece aqui de exercícios práticos para viver este tempo e estar preparados para a sua chegada, que vem atravessando a história (como nos versículos dos dias anteriores), que chega inesperadamente ao longo do nosso dia. Primeiro ele fala de vícios e preocupações que nos tornam insensíveis. Quantas vezes vamos pela rua absortos em um pensamento, dando voltas em uma ansiedade ou preocupação e atravessamos a cidade sem enxergar quem passou ao nosso lado, o que ocorreu à nossa volta, um sinal de bondade e beleza, um olhar de necessidade. Fomos de um lugar a outro, mas não saímos de nosso umbigo.
Quantas coisas nos tomam de tal forma que passamos a viver nelas! O celular? O Facebook? O espelho? Às vezes até o próprio trabalho? O que nos enreda, nos enrola, nos absorve? Que efeitos causa em nós? Percebemos uma consequência de insensibilidade quando nos deixamos tomar por isto?
Outro ponto que Jesus trata é da atenção e da oração constante. O que pode ser esta oração todo o tempo se não os momentos dedicados ao encontro com o Senhor e a vida feita oração, vida segundo a Palavra? E por que o Senhor nos convida a esta prática? Perguntar a Ele: “Senhor, por que?” Se às vezes as distrações são bem mais agradáveis?
“Para ficarem de pé diante do Filho do Homem.” Esta prática é o que nos fortalece, põe de pé diante dO Amor, dá a dignidade de filhos e a sensibilidade de irmãos. O que evitar e o que praticar são duas faces de uma mesma moeda, fortalecem-se mutuamente e preparam nosso coração para escutar os constantes chamados do Senhor, para enxergá-lo presente em nossa vida e realidade, para dar nosso sim tantas vezes em que nos dirige um apelo. E assim trilharmos o caminho da vida plena e verdadeira, deixar-nos configurar com Ele.
Peçamos a Maria, mulher atenta, que soube unir o disperso, que buscava o sentido dos fatos, que ouviu e disse “sim” constantemente a Deus, que nos dê a mão e nos ensine o caminho do centramento e da atenção ao essencial.
Tania Pulier, comunicadora social – Palavra Acesa Editora – Família Missionária Verbum Dei