“Ó Senhor, lembra da tua bondade e do teu amor, que tens mostrado desde os tempos antigos”
21 de janeiro de 2018“Quem faz a vontade de Deus é meu irmão, minha irmã e minha mãe”
23 de janeiro de 2018Mc 3, 22-30
Alguns mestres da Lei que tinham vindo de Jerusalém, diziam:
_ Ele está dominado por Belzebu, o chefe dos demônios. É Belzebu que dá poder a este homem para expulsar demônios.
Então Jesus chamou todos e começou a ensiná-los por meio de parábolas. Ele dizia:
_ Como é que Satanás pode expulsar a si mesmo? O país que se divide em grupos que lutam entre si certamente será destruído. Se uma família se divide, e as pessoas que fazem parte dela começam a lutar entre si, ela será destruída. Se o reino de Satanás se dividir em grupos, e esses grupos lutarem entre si, o reino não continuará a existir, mas será destruído.
_ Ninguém poderá entrar na casa de um homem forte e roubar os seus bens, sem primeiro amarrá-lo. Somente assim essa pessoa poderá levar o que ele tem em casa.
_ Eu afirmo a vocês que isto é verdade: os pecados que as pessoas cometem ou as blasfêmias contra Deus poderão ser perdoados. Mas as blasfêmias contra o Espírito Santo nunca serão perdoadas porque a culpa desse pecado dura para sempre. Jesus falou assim porque diziam que ele estava dominado por um espírito mau.
Peçamos ao Espírito Santo a sua companhia nesse breve momento de oração. Que tenhamos o coração e a mente abertos para acolher e meditar a Palavra, que possamos cultivar os frutos que estão por vir.
Jesus incomodava a muitos. Naquele tempo, como hoje, haviam pessoas que não desejavam mudanças. Certamente, haviam interesses diversos em manter pessoas doentes, pobres, excluídas, possuídas por demônios. Jesus, incansavelmente, seguia a sua peregrinação evangelizando, curando os doentes, expulsando demônios. Quebrava as “regras” curando aos sábados, como no evangelho de Lucas em que Jesus, num sábado, cura o homem que tinha a mão aleijada (Lc 6,10) “Jesus olhou para todos os que estavam em volta dele e disse para o homem: _ Estenda a mão! O homem estendeu a mão, e ela sarou.”
Era necessário utilizar uma estratégia que convencesse as pessoas de que Jesus não representava algo bom. Assim fizeram. Os mestres da Lei associaram a imagem de Jesus à de Satanás. Jesus percebe a estratégia e a ameaça sofrida. Questiona os mestres da Lei e os deixa sem argumentos.
“Como é que Satanás pode expulsar a si mesmo? O país que se divide em grupos que lutam entre si certamente será destruído. Se uma família se divide, e as pessoas que fazem parte dela começam a lutar entre si, ela será destruída. Se o reino de Satanás se dividir em grupos, e esses grupos lutarem entre si, o reino não continuará a existir, mas será destruído.”
Jesus utiliza parábolas bem adequadas, mostrando que, de fato não é possível que o próprio Belzebu agisse assim, pois estaria colocando em risco o próprio Reino.
É fascinante a astúcia de Jesus. Todo tempo sendo posto à prova, sendo perseguido mas nunca, em tempo algum, se sente inseguro. Filho do próprio Deus, mantinha-se fiel, próximo e, por isso forte.
Essa passagem me ajudava a refletir sobre os momentos em que, somos postos à prova e não temos essa postura de Jesus. Não nos posicionamos frente aos demais assumindo uma fala e/ou atitude cristã.
Será que cremos na parábola que Jesus conta?
O que acontece em nosso país, onde as desigualdades sociais aumentam e a crise não passa mesmo com tantas riquezas naturais e sociais, e um território livre de desastres naturais?
Quantas famílias destruídas por desavenças pessoais, intolerância, desamor?
Somos um ser. Uma pessoa com identidade. Identidade de filhos de Deus! Uma pessoa cheia de conflitos internos…Que conflitos há em mim que me desagrega? Que me faz desanimar ante as dificuldades? Que me faz diminuir o ritmo na caminhada cristã?
Oremos o Pai – Nosso com o coração, refletindo sobre cada palavra. Confiantes, peçamos ao nosso Paizinho que seja feita a sua vontade, que perdoe as nossas ofensas, as nossas blasfêmias. Que conceda-nos a graça de cultivar uma relação de proximidade com Ele. Socorre-nos quando vacilarmos na caminhada. Não nos deixe cair em tentação. Livra-nos de todo o mal, o mal do egoísmo, da vaidade, do desânimo, da preguiça, da falta de fé, pois d’Ele é o poder, a gloria, o Reino. Amém.