Onde dois ou três estão reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles
13 de agosto de 2014Mt 19,3-12
15 de agosto de 2014Naquele tempo: Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: ‘Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?’ Jesus respondeu: ‘Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. Porque o Reino dos Céus é como um rei que resolveu acertar as contas com seus empregados. Quando começou o acerto, trouxeram-lhe um que lhe devia uma enorme fortuna. Como o empregado não tivesse com que pagar, o patrão mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher e os filhos e tudo o que possuía, para que pagasse a dívida. O empregado, porém, caiu aos pés do patrão, e, prostrado, suplicava: ‘Dá-me um prazo! E eu te pagarei tudo’. Diante disso, o patrão teve compaixão, soltou o empregado e perdoou-lhe a dívida. Ao sair dali, aquele empregado encontrou um dos seus companheiros que lhe devia apenas cem moedas. Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Paga o que me deves’. O companheiro, caindo aos seus pés, suplicava: ‘Dá-me um prazo! e eu te pagarei’. Mas o empregado não quis saber disso. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que devia. Vendo o que havia acontecido, os outros empregados ficaram muito tristes, procuraram o patrão e lhe contaram tudo. Então o patrão mandou chamá-lo e lhe disse: ‘Empregado perverso, eu te perdoei toda a tua dívida, porque tu me suplicaste. Não devias tu também, ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?’ O patrão indignou-se e mandou entregar aquele empregado aos torturadores, até que pagasse toda a sua dívida.
Jesus repete mais uma vez a máxima de outras passagens, não faça aos outros o que não gostaria que fizessem com você. Ou ainda, ame o próximo como a ti mesmo. Ou, perdoa-me Senhor como eu tenho perdoado. Mas nesse Evangelho, mais do que dizer mais do mesmo, experimento que Jesus nos dá uma dica preciosa a respeito do amor, da compaixão, do perdão. É preciso antes experimentar cada um desses sentimentos para conseguir transmiti-los.
Lendo e relendo a passagem, o texto que me saltava aos olhos era: O empregado, porém, caiu aos pés do patrão, e, prostrado, suplicava: ‘Dá-me um prazo! E eu te pagarei tudo’. Diante disso, o patrão teve compaixão, soltou o empregado e perdoou-lhe a dívida.
Me chamou muito a atenção perceber que o empregado pede um prazo, mas o patrão perdoa-lhe a dívida! O patrão é muito mais generoso do que o empregado esperava. O empregado não consegue pedir o perdão, fazia questão de pagar. Assim, ele não consegue experimentar o perdão. E como não consegue experimentar o perdão, não consegue perdoar… Percebi que, com esse trecho, Deus me diz que só sou capaz de amar de verdade se me experimento amada por Ele. Só consigo me doar gratuitamente se entro na gratuidade da vida. Muitas vezes não consigo desfrutar de tudo, porque me sinto em dívida.
O convite para a oração de hoje é deixar que a Palavra atinja, marque, toque. E se determinado fragmento do texto salta aos seus olhos, chama sua atenção mais do que outros, fique nele. Leia e releia, saboreie, porque é aí que Deus vai falar.
Pollyanna Vieira, Família Missionária Verbum Dei – FamVD