Sexta-feira: 22ª Semana do Tempo Comum

Lc 5,33-39 – O jejum e o vinho novo

Leitura: O que o texto diz?

Os fariseus interpelam Jesus, perguntando sobre uma questão muito importante para eles. A forma como Jesus e seus seguidores se comportam é bem diferente daquela de grandes grupos do judaísmo, como os seguidores de João e os discípulos dos fariseus. Enquanto esses são rígidos cumpridores das normas rituais, os discípulos de Jesus comem e bebem. Nesse ponto, a resposta de Jesus atinge um ponto central: não faz sentido continuar com as práticas penitenciais justamente quando o Messias esperado está entre nós. É tempo de vinho novo!

Meditação: O que o texto me diz?

Jesus instiga a reflexão sobre a mudança das estruturas. O tempo messiânico não encontra mais espaços nos costumes e instituições antigas, por isso é necessário refletir sobre quais são os odres novos que irão comportar tal Boa Notícia. Entretanto, o evangelho de Lucas deixa um lembrete fundamental no fim da passagem: existe muita gente que, apesar de experimentar o vinho novo, faz questão de dizer: o velho é melhor.

Oração: O que o texto me faz dizer?

Jesus chama os seus seguidores de companheiros do noivo. Nessa grande festa que é o tempo messiânico inaugurado pelo Senhor, que nós possamos reafirmar o quanto somos felizes por atender o nosso chamado. É verdade que existem inúmeros desafios e que somos tentados a voltar para situações do passado, saindo assim da festa da vida. Mas peçamos ao Senhor ânimo e que ele sempre nos conceda a graça do vinho novo.

Contemplação: O que o texto faz em mim?

A festa de casamento é uma das imagens favoritas dos autores bíblicos. Que nós possamos receber a alegria dessa realidade no nosso coração agora. Deus nos ama com amor real, profundo, e entrega totalmente a sua vida por nós. Diante de tão bonita revelação do amor, no silêncio da nossa oração, deixemos Jesus guiar o nosso pensamento e fazer morada na nossa alma, tão amada por ele.

Ação: O que eu posso fazer a partir do texto?

Somos discípulos de Jesus, chamados a ser odres novos para comportar o vinho novo. Mas como podemos ser odres novos se somos tão apegados a estruturas do passado? Como podemos fazer com que a Palavra de Deus, seu evangelho, reverbere nos ambientes, nos grupos, nas circunstâncias que ocupamos hoje? Através da nossa vida, do nosso testemunho, podemos manifestar o tempo novo, a novidade que o Príncipe da Paz vem trazer para cada um.

João Victor Batista

Membro leigo do Instituto Nova Jerusalém e estudante do bacharelado em Ciências Econômicas na UFC. Reside atualmente em Fortaleza/CE.