Ramos e frutos na videira para a glória do lavrador (João 15, 1-8)
17 de maio de 2017Chamo vocês de amigos (Jo 15,12-17)
19 de maio de 2017Como o Pai me amou, assim também eu vos amei; permanecei no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e permaneço no seu amor. Eu vos tenho dito essas coisas a fim de que o meu gozo esteja em vós, e o vosso gozo seja completo.
O fruto que a comunidade é chamada a produzir é o amor. Jesus não quer uma adesão de servos que obedeçam a um senhor, mas uma adesão livre, de amigos.
O convite da oração de hoje é a observarmos as mudanças, as transformações que ocorrem em nossas vidas… E como ocorrem, quer agente queira ou não, elas vão surgindo! Mas por que isso é importante? Para podermos ir compreendendo os propósitos de Deus para cada um de nós, o porquê e para quê de cada coisa, cada acontecimento; acredito que nada é por acaso… Creio que tudo que nos acontece faz parte do nosso desenvolvimento, embora tenhamos mais facilidade de vê-las como perda, retrocesso, e não como ganho… Quando não tomamos consciência das mudanças e não damos a elas o verdadeiro sentido a coisa não flui, a transformação não acontece, não crescemos na fé, corremos o risco de nos perder a nós mesmos…
Jesus sabendo que podíamos nos perder em meio às mudanças, ele nos dá o testemunho do seu relacionamento com o Pai, e em seguida nos dá a dica de como devemos proceder, para não nos perder; “Como o Pai me amou, assim também eu vos amei; permanecei no meu amor.” Parece simples, não é mesmo? E porque é tão difícil, permanecer no amor de Cristo? Talvez por não termos ainda tido a experiência de nos sentir completamente amado (a). Mas como podemos nos sentir amado (a) por alguém? Se relacionando de maneira intima, conhecendo-o e se deixando conhecer, abrindo-se! O relacionamento de Jesus com o Pai foi bem assim, por isso ele se sentia tão amado!
Jesus em meio às mudanças que iam ocorrendo com ele, e nos acontecimentos do dia a dia, ele sempre recorria ao Pai, sempre que possível ele buscava o silêncio, vejo aí o primeiro passo para permanecer no amor; no silêncio ele tinha a oportunidade de se relacionar consigo mesmo e de estar consigo mesmo, ele aprendia com o Pai a preencher o seu vazio interior, não buscava e nem dependia de outros meios. Quando ele se relacionava com o outro ele não ia buscar amor, mas levar amor; quando dois amigos (a) verdadeiros se encontram ambos vão levando algo, que faz o outro (a) melhor é bom que saibamos reconhecer isso. Jesus sabia reconhecer o amor do pai nos acontecimentos mais simples da sua vida…
Temos que acolher as mudanças em nós e nos outros de forma bem natural, deixar fluir, saber que para além das minhas vontades, está à vontade de Deus; para além dos meus projetos, estão os projetos de Deus! Que a missão de realizar as vontades e os projetos de Deus é missão de cada um de nós. Devemos aceitar as mudanças de maneira positiva, sem fazer juízo de valores, enxerga-las como necessárias, como oportunidades; e permanecer no amor… Mas como permanecer no amor? O próprio Jesus dá a receita, “Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e permaneço no seu amor.”
Madre Teresa de Calcutá dizia que, “Quem julga as pessoas não tem tempo para amá-las.” Acontece que na maioria das vezes julgamos as pessoas, as circunstâncias, e a nós mesmos, e assim nos distanciamos do Amor…
Peçamos ao Espirito santo que aumente a nossa fé para permanecermos no amor de Cristo para que a sua alegria esteja em nós e a nossa alegria seja completa, Amém.
Agostinho Augusto – família missionária verbum Dei – Belo horizonte MG.