Fiquem vigiando, pois vocês não sabem em que dia vai chegar o seu Senhor. Lembrem disto: se o dono da casa soubesse quando ia chegar o ladrão, ficaria vigiando e não deixaria que a sua casa fosse arrombada. Por isso vocês também fiquem vigiando, pois o Filho do Homem chegará na hora em que vocês não estiverem esperando. Jesus disse ainda: Sabemos que é o empregado fiel e inteligente que o patrão encarrega de tomar conta dos outros empregados, para dar a eles os mantimentos no tempo certo. Feliz aquele empregado que estiver fazendo isso quando o patrão chegar! Eu afirmo a vocês que isto é verdade: o patrão vai colocá-lo como encarregado de toda a sua propriedade. Mas, se o empregado for mau, pensará assim: “O meu patrão está demorando muito para voltar.” Então começará a bater nos seus companheiros, e a comer, e a beber com os bêbados. E o patrão voltará no dia em que o empregado menos espera e na hora que ele não sabe. Aí o patrão mandará cortar o empregado em pedaços e o condenará a ir para o lugar aonde os hipócritas vão. Ali ele vai chorar e ranger os dentes de desespero.

Fiquem vigiando, pois vocês não sabem em que dia vai chegar o seu Senhor.  Jesus alerta os discípulos, a respeito da necessidade da vigilância.

O convite da oração de hoje é um alerta para estarmos sempre atentos, vigilante… Nesse momento de oração, me pergunto: Quanto tempo nós perdemos na escola, no nosso trabalho, em nossa vida, por estar dispersos? Quantas coisas inúteis ocupam o nosso tempo, a nossa vida? As coisas que são “importantes” para mim, tem melhorado a minha vida, e a das pessoas que convivem comigo? O tempo que eu dispenso com todos os afazeres do dia a dia me permite aproveitar a vida que Deus me deu? Jesus nos conhece e sabe das nossas limitações, ele sabe o quanto o mundo pode nos influenciar, o quanto podemos nos perder, mesmo quando achamos que nos encontramos; somos como o ramo que não vive se não estiver ligado ao tronco… (João 15, 4 – 5)

Quem é o senhor da minha vida? A quem sirvo? Penso que o determina a nossa vida é as nossas escolhas, e a qualidade das nossas escolhas vão depender da nossa capacidade de discernimento… Sem discernimento, qualquer coisa pode se tornar o senhor da nossa vida. A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória. A minha mãe dizia que, prevenir é sempre melhor do que remediar. E normalmente quem planta vento, colhe tempestade. Eu costumo dizer que vivemos sobre um terreno fértil, tudo que se planta dá, é a lei natural de causa e efeito, é preciso ter muito cuidado…

Querendo ou não vivemos sempre as consequências das nossas escolhas! Como será o amanhã? O amanhã ainda não existe, o que temos é este momento! Quiçá, o hoje!  Portanto o que queremos viver amanhã é bom que comecemos hoje. Estou certo que as nossas ações influência o mundo… Um grande amigo meu disse uma frase que me marcou, ele disse: “Amar o próximo é uma ação para hoje”. Fiquei pensando, é verdade, amanhã pode ser tarde demais… São as nossas ações hoje, e agora, que vão nos aproximar ou nos afastar do projeto do amor de Deus…

Nesse momento me lembrei de Jim Brown que dizia: “Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro esquecem do presente de forma que acabam por não viver nem no presente nem no futuro. E vivem como se nunca fossem morrer… e morrem como se nunca tivessem vivido”.

Já está mais que provado que ninguém é feliz sozinho. O Papa Francisco diz que: “A felicidade germina, nasce, cresce e floresce na Misericórdia”. A solidariedade entre nós melhora a nossa vida! Experimente!! Esta é a Hora! Este é o lugar! Penso que, resultados diferentes pedem atitudes diferentes! O pai nos ama tanto, que torce por nós o tempo todo, e para ele não importa se somos ouro, prata, ou bronze, o que importa é a nossa história, e que sejamos fiéis ao seu projeto… Pois ele nos dotou de tudo que precisamos para sermos grandes competidores na batalha da vida. Como nos diz são Paulo na primeira leitura de hoje: “Nele fostes enriquecidos em tudo, em toda a palavra e em todo o conhecimento, à medida que o testemunho sobre Cristo se confirmou entre vós.” (1Cor 1,5-6) Ele não espera apenas o nosso envolvimento nessa conquista, e sim o nosso comprometimento, por isso a necessidade de estarmos alerta, atento, vigilantes…

Só uma relação cotidiana com o Pai através da leitura atenta da sua palavra é capaz de nos manter atentos, vigilantes na prática do amor solidário, nos mantendo unido a ele como o ramo ligado a videira. Que assim seja, hoje, agora e sempre. Amém!

Agostinho Augusto – Família Missionária Verbum Dei – Belo Horizonte MG.