De onde vem a ação de Deus? (Mc 6, 1-6)
5 de fevereiro de 2014O caminho da conversão (Mc 6, 14-29)
7 de fevereiro de 2014“Jesus chamou os doze, e começou a enviá-los dois a dois, dando-lhes poder sobre os espíritos impuros. Recomendou-lhes que não levassem nada para o caminho, a não ser um cajado; nem pão, nem sacola, nem dinheiro na cintura. Mandou que andassem de sandálias e que não levassem duas túnicas. E Jesus disse ainda: ‘Quando entrardes numa casa, ficai ali até vossa partida. Se em algum lugar não vos receberem, nem quiserem vos escutar, quando sairdes, sacudi a poeira dos pés, como testemunho contra eles!’ Então os doze partiram e pregaram que todos se convertessem. Expulsavam muitos demônios e curavam numerosos doentes, ungindo-os com óleo.”
O texto desta passagem nos esclarece como devemos proceder nesta missão pois, pelo batismo, também somos enviados para anunciar a boa nova.
Não carregaremos nada, nem pão, nem sacola, nem dinheiro na cintura. Não devemos carregar nada que possa desviar nossa atenção.
Lembro-me que certa vez me envolvi em um acidente de trânsito e, enquanto estava lá, resolvendo a situação com o outro motorista e a polícia, passou um homem muito simples, aparentemente um morador de rua, e ao nos ver naquela situação caçoou dizendo ser feliz porque não precisava, como nós, se preocupar com nada daquilo.
E é isto mesmo o que acontece, quanto mais bens nós temos, mais tempo e esforço dispendemos para mantê-los.
Por outro lado, também não devemos nos apoiar no que temos. Nenhuma posse, nem mesmo as intelectuais, faz com que possamos anunciar melhor. A qualidade do anúncio não depende destas coisas.
Jesus diz que levaremos somente o cajado. E isto é muito simbólico.
O cajado é um dos instrumentos utilizados pelos pastores para cuidar do rebanho. Com ele o pastor podia erguer os cordeirinhos recém nascidos, nos quais evitava tocar, senão ficariam com cheiro estranho e seriam rejeitados pela mãe, também o utilizava para dar segurança às ovelhas, de várias formas, sacudindo o mato alto à frente para afugentar alguma cobra, cutucando-as para fazê-las voltar ao caminho e livrá-las do perigo ou puxando as mais tímidas para perto de si, além de outras coisas.
Este símbolo é utilizado, lindamente, no Salmo 23, 4: “Ainda que eu caminhe por vale tenebroso nenhum mal temerei, pois estás junto a mim; teu bastão e teu cajado me deixam tranquilo.”
E qual cajado utilizaremos em nossa missão?
Simplesmente a palavra. Não uma palavra que jogamos ao vento, mas uma palavra que ouvimos, que rezamos e que vivemos. Como diz o refrão de uma música que gosto muito: “Não levaremos mais força, mais riqueza do que a palavra em nossos corações. Nossa vida estará unida a Cristo, para ser como Ele palavra viva.”
Que nossa querida mãezinha Maria, que gerou o Verbo de Deus segundo a carne, caminhe conosco nesta missão.
Amém!
João Batista Pereira Ferreira – Família Missionária Verbum Dei – Belo Horizonte – MG