“…Jesus tomou a firme decisão de partir para Jerusalém”
26 de junho de 2022“…Senhor, salva-nos, estamos perecendo”!
28 de junho de 202227 de junho de 2022 – Segunda-feira da 13ª Semana do Tempo Comum
Mt 8,18-22
“… Mestre, eu te seguirei aonde quer que tu vás” (Mt 8,19).
Nesta segunda-feira da 13ª Semana do Tempo Comum, temos mais um encontro com a Palavra, dessa vez a partir do texto de Mt 8,18-22. Vamos nos preparar para esse momento?
Em um lugar silencioso, façamos a experiência de respirar profundamente, de tomar consciência deste momento, de nossas motivações e expectativas. Façamos também uma prece à Divina Ruah, a fim de que ela seja nossa companheira e nos dê sabedoria e lucidez.
1. Leitura – O que o texto diz?
Nosso encontro com a palavra começa com a leitura. Vamos ao texto de Mt 8,18-22 com corações e olhos abertos. Façamos quantas leituras forem necessárias para sejamos capazes de entrar no texto, observar as personagens, seus movimentos, sentimentos e palavras, e até que este texto encontre morada em nossas vidas.
No começo do texto, Jesus aparece rodeado por uma grande multidão e dá a ordem a seus discípulos de passar para a outra margem do lago. Nisso, é interpelado por duas personagens: um escriba, que se propõe a segui-lo aonde quer que ele vá, e um discípulo, que lhe pede que o deixe primeiro enterrar o pai. Jesus responde, então a seus interlocutores com duas máximas:
- “As raposas têm suas tocas e as aves dos céus têm seus ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça”.
- “Segue-me, e deixa que os mortos sepultem os seus mortos”.
2. Meditação – O que o texto me diz?
Este passo da Leitura Orante não consiste em uma divagação, mas em uma reflexão acompanhada. Na meditação, o Deus da Bíblia nos interpela e nos fala diretamente. A pergunta é: como sinto a interpelação de Deus a partir do encontro com esse texto. Que palavra(s) do texto ilumina(m) minha existência, minhas questões e minhas atitudes?
No encontro com o texto de Mt 8,18-22, sinto-me como alguém da multidão que cercava Jesus? Como algum dos discípulos que recebeu a ordem de passar para a outra margem? Como o escriba ou o discípulo que foi até Jesus? Tenho ido a Jesus entusiasmado/a com a ideia de segui-lo para onde ele for ou tenho sido como o discípulo que vai a Jesus pedindo-lhe que lhe permita primeiro enterrar o pai?
Quem sou eu diante desse texto? E de que forma essa narrativa me ajuda a compreender a mim próprio/a, minha vida e escolhas?
3. Oração – O que o texto me leva a dizer a Deus?
A partir do que refletimos e meditamos, podemos, agora, falar com Deus, de forma livre e aberta, cientes de que ele nos conhece, nos acolhe, nos ama…
Expressemos
- nosso desejo de estar com Jesus, de escutá-lo, como a multidão que o rodeava;
- nosso desejo e disposição para ouvi-lo e para segui-lo;
- nossas questões pessoais, nossas preocupações com as pessoas que amamos;
- a prece que brota do mais profundo de nós próprios/as.
4. Contemplação – O que o texto faz em mim?
No silêncio, contemplemos os efeitos desse encontro com o texto de Mt 8,18-22. Que, no silêncio, se expresse a entrega incondicional ao seguimento de Jesus, à acolhida de sua palavra e à disposição para a perseverança em seu caminho.
4. Ação – O que o texto – e este encontro – me solicita a agir?
Que este encontro com o texto do Evangelho de hoje nos encoraje a seguir Jesus, que sejamos capazes de compreender a urgência do discipulado e a radicalidade que caracteriza esse caminho, e, por fim, depois de termos acolhido todos ensinamentos acerca das exigências do seguimentos, nosso propósito seja semelhante ao do escriba: “… Mestre, eu te seguirei aonde quer que tu vás” (Mt 8,19).
Concluamos nossa Leitura Orante com uma prece de gratidão a Jesus por nos chamar a estar com ele e acompanhá-lo pelo caminho.
*Maria Nivaneide de Abreu Lima, mestra em Teologia pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) e membro do Centro de Estudos Bíblicos (CEBI).