Vocês não condenariam os que não têm culpa (Mt 12,1-8)
21 de julho de 2017Como está nossa fé?
24 de julho de 2017Domingo bem cedo, quando ainda estava escuro, Maria Madalena foi até o túmulo e viu que a pedra que tapava a entrada tinha sido tirada. Então foi correndo até o lugar onde estavam Simão Pedro e outro discípulo, aquele que Jesus amava, e disse:
— Tiraram o Senhor Jesus do túmulo, e não sabemos onde o puseram!
Maria Madalena tinha ficado perto da entrada do túmulo, chorando. Enquanto chorava, ela se abaixou, olhou para dentro e viu dois anjos vestidos de branco, sentados onde tinha sido posto o corpo de Jesus. Um estava na cabeceira, e o outro, nos pés. Os anjos perguntaram:
— Mulher, por que você está chorando?
Ela respondeu:
— Levaram embora o meu Senhor, e eu não sei onde o puseram!
Depois de dizer isso, ela virou para trás e viu Jesus ali de pé, mas não o reconheceu. Então Jesus perguntou:
— Mulher, por que você está chorando? Quem é que você está procurando?
Ela pensou que ele era o jardineiro e por isso respondeu:
— Se o senhor o tirou daqui, diga onde o colocou, e eu irei buscá-lo.
— Maria! — disse Jesus.
Ela virou e respondeu em hebraico:
— “Rabôni!” (Esta palavra quer dizer “Mestre”.)
Jesus disse:
— Não me segure, pois ainda não subi para o meu Pai. Vá se encontrar com os meus irmãos e diga a eles que eu vou subir para aquele que é o meu Pai e o Pai deles, o meu Deus e o Deus deles.
Então Maria Madalena foi e disse aos discípulos de Jesus:
— Eu vi o Senhor!
E contou o que Jesus lhe tinha dito.
Oração:
Bom dia querida Trindade! Obrigado por chama-me a estar convosco nesse momento de oração, diálogo íntimo… Doce hospede da minha alma, Espírito de amor, ilumina e guia esse caminho. Peço que muito mais que eu possa falar, eu saiba escutar-te e compreender o que me quer dizer hoje.
Hoje nós celebramos a memória de Maria Madalena. A pouco tempo o fazemos… O que Francisco nos quer dizer, ao introduzir essa memória na liturgia? Quem foi Maria Madalena? O que passa na minha mente quando escuto falar dela?
Quando penso nela, penso em uma discípula que foi tocada na alma pelo amor de Jesus, marcada a fogo… E que esse toque a levou a uma grande experiência de amor para com Ele e que consequentemente a transformou em uma discípula fiel e apaixonada pelo Cristo e pela missão, e por isso esteve do seu lado até as últimas consequências na Judéia.
Me chama muita atenção no evangelho de hoje, quando o narrador diz: “Maria estava de fora do túmulo chorando”. Ao tentar contemplar essa cena, vejo uma mulher sofrendo muito porque perdeu alguém que amava. E quantas vezes não vemos essa cena em nossas vidas, não é? Mães que perderam seus filhos, Esposas que perderam o Marido e etc. O sofrimento é fruto do amor que sentiam? Sofre muito quem ama muito? Diz a música: “O sinônimo de amar é sofrer…”
Acredito realmente que é difícil separar o amar do sofrer… Mas a liga desses dois sentimentos pode ser a fé. E se assim for o amor será sempre maior, mais prazeroso e mais intenso. Alimentados pela fé poderemos levantar a cabeça e olhar para dentro do túmulo e ver que lá estão dois anjos e que eles nos querem dizer algo… Perceber que o Jesus não está mais lá… Que a vida reina sobre a morte…
“Maria voltou-se para trás e viu Jesus, mais não o reconheceu”. Para reconhecer Jesus precisamos que o Amor seja a luz dos nossos olhos e não o sofrimento. Isso é algo muito difícil, realmente difícil. Mesmo Maria que o conhecia e o amava tanto, os outros discípulos em suas experiências com o ressuscitado, também não o reconheceram ao vê-lo.
Embora as vezes nos deixamos invadir pelo sofrimento Jesus se aproxima de nós transbordante de amor e nos chama pelo nome: “Maria!” Esse chamar pelo nome está carregado amor, de intimidade e de carinho. E mais uma vez contemplando isso, sinto Jesus com um grande sorriso nos lábios, um olhar sereno e amoroso que expressa muito mais que posso expressar… Tudo isso porque está perto de nós, seus amados…
Peçamos ao Espirito Santo a graça de sermos discípulos como Maria Madalena, de sentir o grande amor e gratidão que ela sentia. E a seu exemplo sejamos fieis até as últimas consequências, vivamos sempre pertos de Jesus com um amor apaixonado por Ele e por sua missão.
Amém!
Willian M. da Fonseca – Família Missionária Verbum Dei de Belo Horizonte.