“Todos os reis se curvarão diante dele, e todas as nações lhe obedecerão”
5 de janeiro de 2014Lc 4,14-22a
9 de janeiro de 2014Depois de saciar os cinco mil homens, Jesus obrigou os discípulos a entrarem na barca e irem na frente para Betsaida, na outra margem, enquanto ele despedia a multidão. Logo depois de se despedir deles, subiu ao monte para rezar. Ao anoitecer, a barca estava no meio do mar e Jesus sozinho em terra. Ele viu os discípulos cansados de remar, porque o vento era contrário. Então, pelas três da madrugada, Jesus foi até eles andando sobre as águas, e queria passar na frente deles. Quando os discípulos o viram andando sobre o mar, pensaram que era um fantasma e começaram a gritar. Com efeito, todos o tinham visto e ficaram assustados. Mas Jesus logo falou: ‘Coragem, sou eu! Não tenhais medo!’ Então subiu com eles na barca. E o vento cessou. Mas os discípulos ficaram ainda mais espantados, porque não tinham compreendido nada a respeito dos pães. O coração deles estava endurecido.
Para refletir…
Para começar a oração de hoje, pensemos nos ventos contrários de nossas vidas. Que é aquilo que me deixa cansado de remar? Que dificulta a minha caminhada, minha ida às margens às quais Deus me envia? O Pai nos quer felizes, íntegros… Quais são os obstáculos? No trabalho, em família, com os amigos, nos relacionamentos…
Convém lembrar que, assim como com os discípulos, Jesus nos olha e vem ao nosso encontro. Sua chegada até nós não é obstaculizada pelas limitações humanas. Ao contrário, o amor de Deus por nós passa por cima de tudo; nossas realidades não são, para Ele, ameaça; o mar agitado de nossas vidas é, aos pés d’Ele, como chão firme.
“E o vento cessou.” A presença da Trindade, em nós, faz cessar o vento. Através da oração, o que antes ameaçava nos derrubar não tem mais esse poder. No entanto, ainda era noite, ainda havia mar para percorrer, ainda era necessário remar. Nossa vida de oração e nossa religiosidade não sejam hipócritas e não pretendam tirar da vida o mistério, suprimir do cotidiano o esforço. A vida espiritual não tira a escuridão, o cansaço das remadas, a dificuldade em chegar… A presença de Deus em nossa barca, porém, dá certeza da chegada, faz ver onde não há luz e garante a força para os próximos movimentos.
Que o nosso coração não esteja duro quando Deus vier a nós a cada dia.