Leitura: Mc 6,45-52
8 de janeiro de 2014Lc 5,12-16
10 de janeiro de 2014Leitura: Lc 4,14-22a
Naquele tempo, Jesus voltou para a Galiléia, com a força do Espírito, e sua fama espalhou-se por toda a redondeza. Ele ensinava nas suas sinagogas e todos o elogiavam. E veio à cidade de Nazaré, onde se tinha criado. Conforme seu costume, entrou na sinagoga no sábado, e levantou-se para fazer a leitura. Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, Jesus achou a passagem em que está escrito: ‘O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a Boa Nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos e para proclamar um ano da graça do Senhor.’ Depois fechou o livro, entregou-o ao ajudante, e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. Então começou a dizer-lhes: ‘Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir.’ Todos davam testemunho a seu respeito, admirados com as palavras cheias de encanto que saíam da sua boca.
Para refletir…
Ao longo do antigo testamento, o Pai se revela aos poucos, prometendo Aquele através do qual se revelaria por inteiro. Quando Deus se revela, dá-se liberdade, volta-se a ver, não há mais opressão, mas graça. Hoje, como me sinto? Preso? Cego? Oprimido? Ou em plena visão, livre e em graça?
Jesus, ao dizer que o texto de Isaías aludia a si, não apenas se afirma como a plenitude da revelação do Pai, mas nos inclui como parte dos que têm de revelar o Pai. Podemos admirar o que Jesus diz; encantarmo-nos com suas palavras. Há, porém, um segundo momento, ao qual somos convidados com insistência…
Jesus, por nos chamar de amigos (Jo 15, 15), por nos impelir à realização de obras ainda maiores (Jo 14, 12), por nos incluir em sua família (Lc 8, 21), acaba por nos colocar sob a regência do texto de Isaías. Também nós somos aqueles que, livres, devem libertar; vendo, devem ajudar a ver; em graça, devem ser presença de Deus na vida dos outros.
Que tantos quantos deem testemunho a nosso respeito falem com encanto das palavras que saem da nossa boca, dos sentimentos que brotam do nosso coração e do fruto que nasce de nossa vida.
João Gustavo – Família Missionária Verbum Dei – BH-MG