Vai atrás daquela que se perdeu até encontrá-la (Lc 15, 3-7)
3 de junho de 2016X Domingo do Tempo Comum – Ano C
5 de junho de 2016Todos os anos os pais de Jesus iam a Jerusalém para a Festa da Páscoa. Quando Jesus tinha doze anos, eles foram à Festa, conforme o seu costume. Depois que a Festa acabou, eles começaram a viagem de volta para casa. Mas Jesus tinha ficado em Jerusalém, e os seus pais não sabiam disso. Eles pensavam que ele estivesse no grupo de pessoas que vinha voltando e por isso viajaram o dia todo. Então começaram a procurá-lo entre os parentes e amigos. Como não o encontraram, voltaram a Jerusalém para procurá-lo. Três dias depois encontraram o menino num dos pátios do Templo, sentado no meio dos mestres da Lei, ouvindo-os e fazendo perguntas a eles. Todos os que o ouviam estavam muito admirados com a sua inteligência e com as respostas que dava. Quando os pais viram o menino, também ficaram admirados. E a sua mãe lhe disse: Meu filho, por que foi que você fez isso conosco? O seu pai e eu estávamos muito aflitos procurando você. Jesus respondeu: Por que vocês estavam me procurando? Não sabiam que eu devia estar na casa do meu Pai? Mas eles não entenderam o que ele disse.
Jesus num dos pátios do Templo, sentado no meio dos mestres da Lei, ouvindo-os e fazendo perguntas a eles. Todos os que o ouviam estavam muito admirados com a sua inteligência e com as respostas que dava.
O convite da oração de hoje é contemplarmos a Sagrada Família… José e Maria iam todos os anos a Jerusalém para a Festa da Páscoa… A festa judaica na qual se celebra a libertação do Egito. (Deut 16, 1 – 17) Me chama a atenção o desejo que eles têm em fazer em tudo a vontade de Deus… A exemplo dos seus pais, Jesus ainda menino mostra que sua missão é acima de tudo fazer a vontade do Pai… Percebo aí a força do exemplo! É interessante como Jesus assume a sua humanidade, ele aprende com seus pais e procura aprender também com os mestres da lei… E deixa claro a que veio fazer que a vontade de Deus fosse vivida entre os homens…
Ele nos mostra que se queremos viver um estilo de vida diferente do que o “mundo“ nos impõe, é preciso aprender… Creio que descobrimos nossa missão à medida que vamos aprendendo com o que realmente dá sentido a nossa vida… Fora da nossa missão não há aprendizado que nos valha a pena. Estou convicto que a nossa missão começa na nossa família! Creio que não nascemos numa determinada família por acaso, bem como não constituímos determinada família por acaso…
Viver de forma diferente não significa que temos que abandonar o que já somos muito antes pelo contrário é a partir do que somos que ele vai aos poucos, nos moldado… Me lembrei neste instante da passagem de (Jeremias 18, 6) “Eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão”… É Deus quem orienta a nossa vida. Ele fala conosco através da nossa família! José e Maria estão sempre dispostos a fazer a vontade de Deus independente do esforço que isso lhes impõe…
O Papa Francisco nos ensina que: ”Nenhuma família é uma realidade perfeita e confeccionada duma vez para sempre, mas requer um progressivo amadurecimento da sua capacidade de amar. (…). Todos somos chamados a manter viva a tensão para algo mais além de nós mesmos e dos nossos limites, e cada família deve viver neste estímulo constante. Avancemos, famílias; continuemos a caminhar! (…). Não percamos a esperança por causa dos nossos limites, mas também não renunciemos a procurar a plenitude de amor e comunhão que nos foi prometida” (AL 325).
Que a Sagrada Família seja modelo para nossas famílias, para que nos deixemos guiar pelo querer do Pai. Amém
Agostinho Augusto – Família Missionária Verbum Dei – Belo Horizonte Minas Gerais.