Lc 15, 3-7

Naquele tempo: Jesus contou aos escribas e fariseus esta parábola: ‘Se um de vós tem cem ovelhas e perde uma, não deixa as noventa e nove no  deserto, e vai atrás daquela que se perdeu, até encontrá-la? Quando a encontra, coloca-a nos ombros com alegria, e, chegando a casa, reúne os amigos e vizinhos, e diz: ‘Alegrai-vos comigo! Encontrei a minha ovelha que estava perdida!’ Eu vos digo: Assim haverá no céu mais alegria por um só pecador que se converte, do que por noventa e nove justos que não precisam de conversão.

Começo a oração com a pergunta de Jesus: Se um de vós tem cem ovelhas e perde uma, não deixa as noventa e nove no  deserto, e vai atrás daquela que se perdeu, até encontrá-la? E, sinceramente, a minha resposta é não. No princípio, discordar de Jesus me incomoda… Ele fala como se fosse óbvio, e o óbvio para mim é exatamente o contrário. Mas, no decorrer da oração, a discordância é a possibilidade do diálogo.

Qual é essa ovelha que eu preciso encontrar? Pode ser um sentimento, um relacionamento, uma dificuldade, uma pessoa… Quais são as 99 que devo deixar para encontrar aquela que se perdeu? Por que parece que não vale a pena ir atrás de uma única ovelha?

A lógica de Jesus é a lógica do pastor, apaixonado por suas ovelhas e por seu ofício, como nos descreve a primeira leitura de hoje (Ez. 24, 11-16).

Para ir apaixonadamente atrás da minha ovelha perdida talvez seja necessário me deixar encontrar por Deus, por esse pastor apaixonado. Me coloco no lugar da ovelha que é carregada nos ombros. Experimento a alegria do pastor em me encontrar. Experimento a necessidade do pastor em comunicar aos amigos e pessoas queridas o seu triunfo na busca.

Pollyanna Vieira – Verbum Dei – BH