A semente do Reino do céu
30 de julho de 2018No fundo das buscas
1 de agosto de 2018Então Jesus deixou a multidão e voltou para casa. Os discípulos chegaram perto dele e perguntaram: Conte para nós o que quer dizer a parábola do joio. Jesus respondeu: Quem semeia as sementes boas é o Filho do Homem. O terreno é o mundo. As sementes boas são as pessoas que pertencem ao Reino; e o joio, as que pertencem ao Maligno. O inimigo que semeia o joio é o próprio Diabo. A colheita é o fim dos tempos, e os que fazem a colheita são os anjos. Assim como o joio é ajuntado e jogado no fogo, assim também será no fim dos tempos. O Filho do Homem mandará os seus anjos, e eles ajuntarão e tirarão do seu Reino todos os que fazem com que os outros pequem e também todos os que praticam o mal. Depois os anjos jogarão essas pessoas na fornalha de fogo, onde vão chorar e ranger os dentes de desespero. Então o povo de Deus brilhará como o sol no Reino do seu Pai. Se vocês têm ouvidos para ouvir, então ouçam.
Jesus instaurou o Reino dentro da história, e esta é feita pela ação de bons e maus. A vida do Reino, porém, entra em luta contra o espirito do mal, e conduz os justos a vitória final.
O convite da oração de hoje é para compreendermos as nossas tão temidas lutas internas. Olha que para aqueles que desejam trilhar os caminhos do Reino, elas não são poucas… A minha mãe repetia sempre um dito popular que dizia assim: “Quanto mais eu rezo, mais assombração me aparece”, e o pior que é assim mesmo quanto maior for nosso desejo de ser melhor mais dificuldade iremos encontrar mais assediados seremos.
Rezando com a passagem de hoje percebo que precisamos abraçar de corpo e alma os desafios que a vida nos oferece e a luz da palavra procurar compreender que as nossas ações e as ações do Reino estão entrelaçadas dentro da nossa história. A coisa é muito sutil, precisamos ser honestos conosco mesmo, sem nos esconder de nós mesmos, sem reservas; e não nos deixar dominar, sei que isso não é uma tarefa fácil mesmo porque lidamos o tempo todo com as nossas emoções que brotam de nós de forma consciente e inconsciente. Jesus sabendo da realidade que nos assola da dualidade que vivemos nos apresenta esta parábola para nos alertar, sugere que utilizemos um dos nossos sentidos, a audição, para compreender a necessidade de se buscar o discernimento.
A vida nos oferece caminhos muito retos, mas às vezes tortuosos: caminhos planos, mas às vezes muito íngremes. Às vezes é difícil compreender certas situações que de repente somos chamados a viver, por isso é necessário, ou melhor, é indispensável a vivencia da fé Cristã, sobretudo em comunidade é ai que alimentamos a nossa esperança e vamos aos poucos, mesmo que seja com passos de tartarugas aprendendo a colocar as coisas em seus devidos lugares, olha, pode levar dias, meses e até anos…
Estou certo que o mal não vai nos deixar a nossa vida é assim cheia de altos e baixos, mas o que importa é manter o equilíbrio acreditar que somos verdadeiramente sementes boas, que pertencemos ao Reino e nos esforçar para ser a cada dia uma versão melhor de nós mesmos, e mesmo com todas as nossas dificuldades a nossa fé vai nos ajudar a fazer diferente…
Que o Senhor nos ajude a vencer o egoísmo para que a sua misericórdia nos alcance e que possamos viver como verdadeiros filhos (a) do Reino para brilhar como ele deseja que brilhemos hoje, agora e sempre, Amém!
Agostinho Augusto – Família Missionária Verbum Dei – Belo Horizonte – MG.