Fidelidade a Deus
3 de dezembro de 2015“De fato, o Senhor fez grandes coisas por nós, e por isso estamos alegres”. Salmo 126,1
5 de dezembro de 2015Jesus saiu daquele lugar, e no caminho dois cegos começaram a segui-lo, gritando:
— Filho de Davi, tenha pena de nós!
Assim que Jesus entrou em casa, os cegos chegaram perto dele. Então ele perguntou:
— Vocês creem que eu posso curar vocês?
— Sim, senhor! Nós cremos! — responderam eles.
Jesus tocou nos olhos deles e disse:
— Então que seja feito como vocês creem!
E os olhos deles ficaram curados. Aí Jesus ordenou com severidade:
— Não contem isso a ninguém!
Porém eles foram embora e espalharam as notícias a respeito de Jesus por toda aquela região.
No advento nosso coração vai se enchendo de expectativas. Renovamos nossa esperança ao contemplar, desde já, o nascimento do menino Deus na simplicidade de uma manjedoura.
Jesus é a luz que vem para nos dar visão. Sempre há sombras em nós que precisam ser iluminadas pela palavra que o menino Deus nos traz. Peçamos, então, ao Espírito Santo o auxílio necessário para que nossa oração seja proveitosa.
Hoje podemos, a exemplo dos dois cegos, nos colocar em marcha seguindo Jesus.
Penso que, de certa forma, esta é a nossa realidade. Todos nós que estamos, diariamente, buscando na oração com a palavra, compreender melhor a que somos chamados e como responder à nossa vocação, seguimos tateando pelo caminho e rogando a Jesus que tenha piedade das nossas cegueiras.
É muito bonito perceber que o encontro se dá em casa: “Assim que Jesus entrou em casa, os cegos chegaram perto dele”.
Deus nos convida para um encontro íntimo.
Quando Deus nasce pobre em uma manjedoura Ele abre as portas para entrarmos em sua intimidade, para que possamos conviver com Ele “em casa”.
O advento restabelece nossa esperança, pois na intimidade do Senhor Ele também nos pergunta: “Vocês creem que eu posso curar vocês”?
O que podemos responder?
Quais cegueiras podemos apresentar a Jesus para Ele curar?
De todas cegueiras que possamos apresentar, e devem ser muitas, destaco nossa cegueira do autoconhecimento. Cegueira que nos leva a tantos caminhos infelizes, porque sem nos conhecermos buscamos a felicidade em muitas coisas que nos são vendidas e, quase sempre, encontramos desilusão.
Jesus cura nossa cegueira ao nos mostrar o Pai (Jo 14,9). Conhecendo a face de Deus podemos conhecer a nós mesmos, uma vez que somos Sua imagem e semelhança (Gn 1,26-27).
E o que nos é revelado no Natal?
Qual é a luz que cura nossa cegueira?
Deus se faz presente de maneira tão simples, humilde e despojada, que chega a ser escandalosa.
Escandalosa porque nasce em uma condição muito distante daquela que buscamos e tão perto daquela que uma infinidade de nossos irmãos vivem. Irmãos que, muitas vezes, são invisíveis para nós.
Escandalosa porque desnuda as falsas imagens que fazemos, tanto de Deus, como de nós mesmos.
Na oração íntima com Jesus podemos evitar o auto engano e deixarmos que Ele nos ilumine e nos mostre o que precisamos ver. Importa que possamos ter a fé que Ele pode nos curar e não tenhamos medo de enxergar o que precisamos ver, pois como diz o dito popular “o pior cego é aquele que não quer ver”.
Obrigado Espírito Santo, por nos ajudar na oração e nos contagiar com a alegria do encontro íntimo com Deus. Amém!
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João Batista Pereira Ferreira – Família Missionária Verbum Dei – Belo Horizonte