Cristianismo: o caminho do Deus quase invisível – Lc 9,51-56
1 de outubro de 2013O Pai é o dono da messe – Lc 10,1-12
3 de outubro de 2013Naquela hora, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: “Quem é o maior no Reino dos Céus?” Jesus chamou uma criança, colocou-a no meio deles e disse: “Em verdade vos digo, se não vos converterdes, e não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus. Quem se faz pequeno como esta criança, esse é o maior no Reino dos Céus. E quem recebe em meu nome uma criança como esta, é a mim que recebe. Não desprezeis nenhum desses pequeninos, pois eu vos digo que os seus anjos nos céus veem sem cessar a face do meu Pai que está nos céus.
Para refletir…
Muitas vezes, embora hoje as crianças ocupem papel central nas famílias e na proteção do Estado, utilizamos termos a elas relacionados de forma pejorativa… Ninguém gosta de ser chamado de infantil, pois tal não é outra coisa senão indício de imaturidade. No tempo de Jesus, menos espaço deviam ter as crianças, pois valiam os homens por sua força produtiva e bélica, mas não os pequenos.
Jesus, mais uma vez, inverte a lógica. Colocando uma criança no MEIO deles, Jesus não só dá importância a ela, mas afirma que, se não forem todos como ela, não terão lugar no Reino; diz, ainda, que o maior é que se fizer como uma criança.
Como é desafiador ser como uma criança! Ver que somos pequenos, que somos fracos, que de tudo e todos dependemos, que nossos raciocínios não alcançam as maiores alturas… No entanto, como é, ao mesmo tempo, consolador! Ter alguém que de nós cuida, que é forte por nós, que nos dá o alimento de cada dia e hora, que nos protege e quer ensinar…
Santa Teresinha, doutora da Igreja do final do século XIX, é exemplo perfeito da vivência dessa mensagem. Seus escritos, deixados por obediência, revelam raciocínios muito simples. Sua trajetória foi batizada de infância espiritual, expressão que não diz de mera ingenuidade de sua fé, mas de uma maturidade espiritual que poucos temos, que consiste em reconhecermo-nos filhos pequenos de um Pai tão grande e amoroso, em cujos braços só podemos nos colocar se nos entregamos totalmente.
Que nós, ouvindo as palavras de Jesus e seguindo os passos daqueles que antes acolheram a verdade, consigamos, dia após dia, apequenarmo-nos mais. Pequenos, seremos grandes aos moldes do Reino.
João Gustavo – Estudante de Direito – Família Missionária Verbum Dei