O tempo de amor é sempre – Lc 14,1-6
1 de novembro de 2013O banquete como lugar da fraternidade – Lc 14, 12-14
4 de novembro de 2013Naquele tempo, vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, e Jesus começou a ensiná-los: “Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus. Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados.
Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.
Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus. Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus.
Para refletir…
Jesus, nessa conhecida passagem em que fala das bem-aventuranças, fala-nos de alegrias. Pobreza de espírito, aflição, mansidão, fome e sede de justiça, misericórdia, pureza de coração, promoção da paz, perseguição, injúria… Jesus fornece vários elementos que, aos nossos olhos, nem sempre são sinal de bonança, mas garante que são felizes aqueles que assim viverem.
Jesus queria acalmar os ânimos exaltados dos revolucionários? Queria que morressem de fome os pobres de então? Exaltava a mansidão do povo frente à opressão? Se assim entendermos, então somos obrigados a reconhecer que “a religião é o ópio do povo”. Contudo, se enxergarmos a subversão que Jesus propõe através do caminho da paz e da fome e sede de justiça, concluímos que a espiritualidade cristã pode ser a liberdade dos seres humanos.
Para o cristão, a insatisfação de hoje é prelúdio da alegria de amanhã. A tristeza de hoje não é sinal de alegria vindoura porque eu me sento e sei que Deus proverá um dia. Não! A fome de hoje é sinal de saciedade amanhã porque a fome não me deixa quieto. Enquanto meu estômago tem fome e minha garganta tem sede, eu não tenho sossego, não me é possível descansar, não consigo achar que está tudo bem. Enquanto eu tiver fome e sede, terei forças para ir atrás do que preciso para me nutrir. E, ao longo do caminho, a providência de Deus me alcança e põe a mesa.
João Gustavo Henriques de Morais Fonseca, FaMVD – Belo Horizonte