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12 de fevereiro de 2014Abre-te!
14 de fevereiro de 2014LEITURA
“Saindo dali, foi para o território de Tiro. Entrou numa casa e não queria que ninguém soubesse, mas não conseguiu permanecer oculto. Pois logo em seguida, uma mulher cuja filha tinha um espírito impuro ouviu falar dele, veio e atirou-se a seus pés. A mulher era grega, siro-fenícia de nascimento, e lhe rogava que expulsasse o demônio para fora de sua filha. Ele dizia: ‘Deixa que primeiro os filhos se saciem porque não é bom tirar o pão dos filhos e atirá-lo aos cachorrinhos’. ‘É verdade, Senhor; mas também os cachorrinhos comem, debaixo da mesa, as migalhas dos filhos!’. E ele disse-lhe: ‘Pelo que disseste, vai: o demônio saiu da tua filha’. Ela voltou para casa e encontrou a criança atirada sobre a cama. E o demônio tinha ido embora.”
FÉ E PALAVRA
“É verdade, Senhor; mas também os cachorrinhos comem, debaixo da mesa, as migalhas dos filhos!”.
Essa foi a insistência de uma mulher, pagã, com filha tomada por espírito impuro, atirada aos pés de Jesus, quando ele havia, a princípio, lhe negado ajuda. Chama a atenção pela força da humildade contida na prece, ao mesmo tempo em que traz o reconhecimento e a esperança de que somente Jesus seria misericordioso o suficiente para atendê-la.
A fé da mulher pode ser comparada à fé do centurião, quando disse que não era digno de receber Jesus em casa, e que bastava uma única palavra para que tivesse o servo salvo (Mt 8,5-13). Afinal de contas, o resultado foi o mesmo: Jesus não foi pessoalmente ao encontro do servo, assim como não foi ao encontro da filha endemoniada; ele ouviu as preces e, sensibilizado pela demonstração de uma esperança inabalável, decidiu por curar pela palavra.
Desse modo, esse texto nos convida hoje a fazermos uma avaliação de como está a nossa oração. Como anda a força da nossa fé? Tantas vezes parece que ouvimos recusas de Jesus; diante disso, a nossa fé é persistente? Somos capazes de confiar na escuta de Deus ao ponto de nos arriscarmos nas suas promessas? Acreditamos, de fato, que a palavra de Cristo por si só é restauradora?
Que possamos, hoje, nos jogar aos pés de Cristo, que nos acolhe com amor inabalável. Tenhamos a humildade de reconhecer a nossa fraqueza e pequenez, ao mesmo tempo em que busquemos acreditar poder alcançar a dignidade dos filhos de Deus, bastando apenas a força de sua palavra.
Marcelo Camargos. Estudante de medicina na UFMG. Família Missionária Verbum Dei.